Revista Encontro

Saúde

Uma taça de vinho por dia ajuda na visão, segundo estudo americano

A pesquisa foi realizada durante 20 anos e constatou que as pessoas que consumiam a bebida regularmente apresentaram menos problemas oculares

Da redação com assessorias
Muito já se falou sobre os benefícios ao coração de se tomar uma taça de vinho diariamente.
Estudos indicam que esse hábito pode aumentar os níveis do bom colesterol e proteger as artérias – embora não seja indicado para gestantes, pessoas diabéticas, hipertensas ou com tendência ao alcoolismo. Agora, um novo estudo realizado na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, sugere que o consumo moderado de vinho pode reduzir o risco de deficiência visual a longo prazo.

Pesquisadores analisaram dados de seis mil pessoas de 43 a 84 anos durante um período de 20 anos, levando em conta o estilo de vida e os hábitos como fumar, beber e se exercitar. Quando se concentraram no consumo de vinho, detectaram que 7,8% dos abstêmios desenvolveram doenças oculares contra 2,7% daqueles que consumiam vinho regularmente e 4% dos que ingeriam a bebida ocasionalmente.

Na opinião do médico oftalmologista Renato Neves, do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, é importante considerar esse tipo de estudo com cautela. "Por algum motivo, uma taça de vinho tinto por dia parece contribuir de fato com a saúde em geral. Talvez por sua ação antioxidante, através dos flavonoides e do resveratrol , que também está envolvido em estudos de prevenção contra alguns tipos de câncer. Com relação à saúde ocular, ela certamente se beneficia quando o paciente tem boa circulação e pressão sanguínea. Mas, nem por isso, podemos sair indicando vinho para todo mundo", explica o especialista.

Neves alerta para o fato de que, se a pessoa não conseguir consumir a bebida moderadamente e passar dos limites, poderá correr riscos desnecessários.
"O primeiro problema é o alcoolismo. Mas, quem excede no consumo de álcool, também tem risco aumentado para hipertensão, níveis altos de triglicérides e colesterol ruim, danos ao fígado, obesidade, determinados tipos de câncer e complicações na saúde ocular", completa..