De acordo com o Emerson Lima, professor da Ufam e orientador da pesquisa, foi possível produzir um extrato hidrossolúvel (solúvel em água) a partir da polpa do açaí que pudesse ser rico em antocianinas, pigmentos naturais conhecidos e presentes também em outras frutas – é um importante antioxidante.
A extração desse pigmento ainda é um processo que está em desenvolvimento e a exploração biotecnológica ainda requer mais estudos, explica o pesquisador. Ele conta que o corante produzido se mostrou estável, preservando a cor, e pode ser aplicado na pigmentação de alimentos e cosméticos. "Conseguimos ver também alguns aspectos dessa estabilidade como a extração em diferentes condições de luz, temperatura e pH e que ele pode ser armazenado. Então, nós chegamos ao mais importante, que é um alto teor de antocianinas", explica o professor.
A estudante Rebekka Danielle Silva, responsável pela pesquisa, diz que fez uma comparação do produto com os pós comercializados em alguns empórios de Manaus e detectou a falta de propriedades descritas no rótulo do produto. "Hoje em dia se fala muito em vida saudável, mas encontramos nos pós comerciais a falta de propriedades como oxidantes que fazem bem para o corpo. Comparamos com o de açaí feito pela nossa equipe e o nosso preservou as propriedades nutricionais, o que é bom para a saúde", conta Rebekka.
Na prática
O estudo desenvolvido já ultrapassa as portas do laboratório. Atualmente, a equipe de pesquisa em parceria com a empresa Bombons Finos da Amazônia analisa a utilização do corante natural de açaí na confecção de bebidas.
"Eles querem desenvolver uma bebida de açaí.
(com Agência Fapeam).