Nesse sentido, pode haver uma tendência natural a optar pelas frutas mais apetitosas nas gôndolas, mas nem sempre esse é o caminho certo. Devido ao uso de agrotóxicos, itens aparentemente bonitos enganam os consumidores. "A fruta terá aspecto bom, mas em relação a vitaminas e minerais não será a mesma coisa", ensina Marina. "O agrotóxico interfere no valor nutricional, bloqueia o crescimento normal do fruto.
O melhor é pesquisar as tendências apresentadas pelos centros de abastecimentos. Os órgãos, como CeasaMinas, fazem previsões tomando como base os anos anteriores. São recomendações que não podem ser levadas ao pé da letra porque os hortifrútis são afetados por mudanças climáticas (veja no quadro as tendências atuais) e comportamentais, mas são ótimo indicativo. "As alterações climáticas, como falta ou excesso de chuva, são impactantes aos produtores, que esperam uma coisa que pode não vir. Quando isso acontece, acaba influenciando no crescimento das frutas e hortaliças", ensina Marina.
Para quem tem a fruta em grande quantidade, a nutricionista sugere congelar a polpa ou os pedaços. "Elas duram entre um e três meses", diz. "A geleia também tem boa duração." Mas consumir in natura é a melhor opção. Por isso, quem pode ir sempre à feira tem vantagem. "Faço as compras às terças e sextas. Já saio de casa com a lista pronta, mas sempre olho os produtos da época", diz a empresária e bióloga Márcia Brant, que frequenta as feiras de hortifrúti do Belvedere. A aposentada Maria do Rosário Torres também é cliente assídua. "Compro só o que preciso de acordo com o preço e a qualidade", afirma.