A cervejaria curitibana Bodebrown foi escolhida para representar o Brasil na fabricação de uma cerveja colaborativa que será vendida nos cinco continentes do globo e em 40 países. Batizada como "Bicycle Kick", ou gol de bicicleta, a criação coletiva foi coordenada pela empresa americana New Belgium Brewing. Além da própria idealizadora do projeto e da Bodebrown, participam também a inglesa Adnam, japonesa Baird, a sul-africana Devil's Peak e a mexicana Primus.
A inspiração da "Bicycle Kick" para a receita foi a Rússia, sede do Mundial da Fifa. Assim, a cerveja conta com dois ingredientes essenciais: a camomila (flor nacional da Rússia) e o capim-limão (alusão ao gramado dos campos de futebol).
Já em Minas, a cervejaria Loba lançou especialmente para a Copa da Rússia uma cerveja do estilo premium american lager, com 5% de teor alcoólico e coloração dourada. "Seu amargor é baixo e seu aroma pode lembrar cereais, ser doce ou parecido com grãos, incluindo também notas florais ou de especiarias, por conta do lúpulo. Seu corpo é leve com colarinho branco bem espumante", explica o seu criador, o mestre cervejeiro Kelvin Azevedo de Figueiredo. A expectativa da marca é de um crescimento da demanda durante os jogos. "Este lançamento vem para estimular as vendas, prestigiar o futebol e a Seleção Brasileira", diz Aloísio Rodrigues, proprietário da cervejaria Loba.
Ainda no clima do Mundial, a fábrica artesanal Way Beer, do Paraná, acaba de lançar o projeto WayCup. A cervejaria desenvolveu seis cervejas exclusivas, cada uma rende homenagens a países com tradição cervejeira que estarão presentes na Copa. Os rótulos valorizam estilos tradicionais da Alemanha, Bélgica, Inglaterra, Brasil, Rússia e Austrália.
Desenvolvidas pelo mestre cervejeiro Alessandro Oliveira, as bebidas estão disponíveis em chope e garrafas. Para homenagear a Alemanha, por exemplo, a Way Beer preparou uma tradicional weizenbier, também chamada de hefeweizen, um estilo de cerveja desenvolvido com malte de trigo, não filtrada e com leve aroma de banana e cravo, proveniente da fermentação. A Rússia, país sede da Copa de 2018, foi brindada com uma tradicional russian imperial stout, que tem esse nome devido ao estilo ter sido criado para os czares russos, especialmente para a família imperial. A versão tem 15% de malte torrado e, entre eles, uma variação de malte chocolate, cevada torrada, centeio torrado e cevada não maltada, combinação que dá complexidade aos sabores e aromas da cerveja. Já para homenagear a nossa seleção pentacampeã, o rótulo foi desenvolvido com malte nacional, levedura ale isolada em alambiques de cachaça, açúcar de cana, açúcar mascavo e amburana, madeira que retrata a tropicalidade brasileira.
A cervejaria gigante Ambev também preparou uma campanha para a Copa com foco na cerveja Brahma.
Quem também aposta na bebida diferenciada para o evento esportivo que começa na próxima quinta (14) é a cervejaria paulista Berggren. Ela lançou a cerveja estilo american lager. Dourada, com espuma cremosa e persistente, a receita leva uma mistura especial de maltes de cevada e uma seleção de lúpulos americanos de características cítricas. O resultado é uma cerveja leve e com baixo amargor. Segundo a empresa, ela vai bem com camarão, caranguejo, lula frita, salames e filé de frango.
A Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) não estima um percentual para as vendas da bebida durante o Mundial, mas está otimista em relação aos números. "A Copa do Mundo historicamente impacta na chamada curva de sazonalidade. Nossas expectativas estão positivas, projetamos um crescimento no consumo, principalmente no segmento do autosserviço", diz Paulo Petroni, diretor executivo da CervBrasil..