Revista Encontro

Bem-estar

Tomar café pode aumentar a longevidade

Estudo associada a ingestão da bebida ao menor risco de morte

Marinella Castro
O famoso cafezinho, bebida quase oficial dos mais variados encontros, desde o simples bate-papo entre amigos às formais reuniões de trabalho, acaba de ganhar mais uma qualidade positiva.
Segundo um grupo internacional de pesquisadores da universidade americana de Northwestern e dos institutos nacionais de saúde do Reino Unido e dos Estados Unidos, o hábito de tomar café ajuda a reduzir as taxas de mortalidade.

Os cientistas acompanharam 498.134 britânicos, entre 38 e 73 anos, durante um período de mais de 10 anos. Durante a pesquisa foram registradas 14.255 mortes. O resultado do estudo, publicado na revista científica JAMA Internacional Medicine, mostra que quanto mais café era consumido pelos participantes, menor era a probabilidade de morrer.

Entre o grupo acompanhado, cerca de três quartos eram consumidores regulares da bebida. Os pesquisadores observaram que o risco de morte por qualquer causa, particularmente por câncer e doenças cardiovasculares, caía consideravelmente à medida que o consumo do café crescia. Aqueles que bebiam uma xícara por dia tinham um risco 6% menor do que aqueles que consumiam menos de uma xícara no mesmo período. Já as pessoas que tomavam acima de oito xícaras por dia, tinham um risco de morte 14% menor. Um ponto interessante do estudo internacional é que a associação da bebida com a longevidade foi praticamente a mesma independente se o café ingerido era em pó, instantâneo, com cafeína ou descafeinado.

Várias análises científicas recentes sobre a bebida a associam a benefícios para o organismo.
Mas, é importante lembrar que se trata de um estudo de observação, ou seja, outras variáveis podem pesar em uma análise mais ampla. Além disso, a pesquisa não indica ou sugere que as pessoas devam começar a tomar café em busca de longevidade, e sim, traz uma tranquilidade para os consumidores da bebida, segundo afirma a pesquisadora Erikka Loftfield, do Instituto Nacional do Câncer dos EUA, em entrevista ao jornal americano The New York Times. Então, vai um cafézinho aí?.