A abertura oficial do restaurante contou com dançarinos árabes como convidados, além do novo cardápio montado pelo trio para o espaço. Motivos para comemorar não faltam. Em pouco tempo e em plena crise econômica do país, o negócio dos empresários cresceu em ritmo gigantesco e tornou-se caso de sucesso até mesmo em palestras de faculdades, onde Elyan se orgulha de contar a história de empreendedor. Eles chegaram em 2014 em BH em busca de trabalho. Hoje empregam cerca de 45 pessoas.
O preço é R$ 25 e no primeiro mês a sopa de lentilha é de graça para a freguesia.
A nova casa tem capacidade para 70 pessoas e nesta sexta-feira, antes mesmo da abertura oficial, as mesas estavam lotadas. "O nosso diferencial é a comida boa e com preço justo", afirma Elyan. Receita tem dado certo, pois diariamente sai da cozinha dos sírios mais de 2 mil quibes.
A primeira lanchonete Sítio Sírio foi inaugurada em fevereiro de 2017 em um espaço modesto e pequeno na Savassi. Um ano depois, o negócio ganhou público fiel e dobrou de tamanho. Alaa, que era cozinheiro na Síria, veio para ajudar na cozinha. A partir de junho, cada um dos sírios vai ficar em uma unidade.
A vitrine de doces típicos da Síria tem baklawa (de pistache com nozes) e halawe (de pistache com gergelim).O sotaque carregado é cada vez mais diluído entre os empreendedores e o mineirês ganha força entre os empreendedores, que soltam fácil o "uai, sô e nú, tá muito bom!".
Os três estão adaptados a Belo Horizonte e afirmam se sentir em família por aqui. "Temos liberdade e fomos muito bem recebidos", diz Elyan. A crise financeira no Brasil não assusta os amigos. "Há oportunidades para quem quer trabalhar", afirma. E trabalho é uma palavra que ronda sempre esses empreendedores, que costumam sair de casa de segunda a sábado às 7 da manhã e voltar depois da meia noite, quando as portas do Sítio Sírio se fecham. "Quero trabalhar muito e fazer um pé de meia durante cinco anos", afirma Elyan. Para quem vontade e garra para trabalhar, diz, a crise não aparece.
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