Revista Encontro

Eleições 2018

Muitos eleitores ainda se baseiam na TV para escolher candidato

Pesquisa mostra que debates são importantes para 48% das pessoas

Da redação com assessorias
- Foto: Pixabay

De acordo com pesquisa feita pelo instituto Ipsos, na hora de analisar os candidatos para presidente da república no Brasil, muitos eleitores brasileiros preferem consultar os meios de comunicação tradicionais. O levantamento mostra que 48% dos entrevistados consideram que os debates na TV trazem informações mais importantes do que os demais meios. Proporção parecida dos entrevistados (47%) escolheu a propaganda eleitoral televisionada como a forma mais importante na hora de decidir em quem votar para presidente. A opinião de amigos e familiares ficou em terceiro lugar com 23% da preferência.

Grande aposta dos candidatos com pouco tempo de propaganda gratuita, a internet, especialmente as redes sociais, aparece depois da TV. Notícias de portais e comentários nas redes sociais tiveram a preferência de 14% dos entrevistados pelo Ipsos, seguidos por propaganda eleitoral nas rádios (9%), comentários nos aplicativos de mensagens instantâneas (5%) e vídeos no Youtube (4%). Os entrevistados puderam escolher até três opções, conforme o instituto de pesquisa.

"Apesar da riqueza de informações da internet, o principal canal de informação para a decisão de voto continua sendo a TV, tanto pela importância dos debates quanto pela propaganda eleitoral. Mas existe uma diferença na influência declarada dos meios entre os diversos recortes demográficos. Quanto maior a escolaridade, menor o peso da propaganda eleitoral na TV e maior o peso dos debates como influenciador.
Para esse público, as notícias de portais de internet ganham mais força", comenta Danilo Cersosimo, diretor de Opinião Pública da Ipsos.

Os debates e a propaganda eleitoral que são exibidos na TV são, declaradamente, os meios de maior influência com 52% e 36% das menções, respectivamente. São também os de maior audiência. "Isso aponta para uma relativização do poder da internet nas eleições, já que os muitos ainda associam as informações para a decisão de voto à televisão", diz o diretor.

A Ipsos entrevistou 1,2 mil pessoas de 72 cidades das cinco regiões do país entre os dias 1º a 11 de agosto. A margem de erro, de acordo com o instituto, é de 3% para mais ou para menos..