Revista Encontro

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Retratos da Cidade 1

Simone Dutra
None - Foto: Divulgação, Cláudio Cunha, Eugênio Gurgel e Júnia Garrido

O primeiro hospital

Responda rápido: qual foi o primeiro hospital a atender os habitantes da recém-inaugurada Belo Horizonte? Foi a Santa Casa de Misericórdia, que em maio completa 112 anos de existência. Iniciado em 1899, dois anos após o nascimento da tão planejada capital de Minas, o prédio foi construído no mesmo endereço onde está hoje, na avenida Francisco Sales, no Santa Efigênia. Começou como hospital-barraca, com estrutura de lona que serviu de enfermaria para atender a grande demanda de indigentes, desempregados, mendigos e doentes que se espalhavam pelas ruas. Seu primeiro pavilhão foi inaugurado em 1903, e até 1911 foram realizadas outras obras, com as quais se concluiu o projeto original. Já passaram por lá médicos renomados como Hugo Werneck, Juscelino Kubistchek e Pedro Nava, que já morreram. De lá para cá, a Santa Casa cresceu significativamente: possui várias unidades e especialidades como o Hospital São Lucas e a Clínica de Olhos. “Nossa maternidade, a Hilda Brandão, é referência, principalmente em relação aos partos mais complicados”, revela o superintendente geral da Santa Casa, dr. Porfírio Andrade.


Festa das borboletas

Criado há cinco décadas, o Mercado Novo tem tudo o que se espera encontrar em um mercado, de especiarias a artigos religiosos.

Localizado no quarteirão da avenida Olegário Maciel e das ruas Goitacases, Tupis e Rio Grande do Sul, na região central da capital, ele tem outra atração: o Mercado das Borboletas. O nome foi inspirado no fato de as borboletas voltarem a áreas naturais que foram recuperadas. Idealizador do projeto Incubadora da Arte, o artista plástico Tarcísio Ribeiro pretende transformar o terceiro andar do Mercado Novo, abandonado há mais de 15 anos, “em espaço dedicado às artes, com ocupação de diversos núcleos e atividades artísticas e culturais, como moda, cinema, fotografia, música, artes visuais, gastronomia”. Para as obras são necessários R$ 1,2 milhão, dinheiro que deve ser captado por meio de leis de incentivo cultural. Para arrecadar fundos de manutenção do espaço também são realizadas festas e festivais. O cenário é um ambiente decorado com borboletas e esculturas insólitas.


Flores da estação

O título de Cidade Jardim é muito bem aplicado à capital mineira. Basta caminhar pelas ruas e avenidas de BH para constatar a beleza de grandes árvores e suas copas exuberantes e floridas. A começar pela quaresmeira, que, por votação dos belo-horizontinos, ganhou o título de símbolo da cidade. Ela pode ser encontrada nas cores branca (mais raras por aqui), rosa claro e médio, e roxo mais escuro. Floresce duas vezes ao ano, de junho a agosto e de dezembro a março. O motivo do seu nome é muito simples: suas flores nascem, na maioria das vezes, no período do ano em que acontece a quaresma. Não necessita de muitos cuidados, apenas de podas dos ramos mais baixos. “Ela não é uma árvore que fica muito alta, como as mangueiras que chegam a 12 metros.
Normalmente tem de oito a 10 metros de altura”, afirma Cássia Lafetá, agrônoma e gerente de áreas verdes e arborização urbana da Prefeitura de Belo Horizonte.






Símbolo nacional


Bem no alto da avenida Afonso Pena, quando ela se encontra com a Bandeirantes, no bairro das Mangabeiras, fica a praça da Bandeira. O nome é mais do que sugestivo: nela está hasteada, todos os dias do ano, uma imponente bandeira do Brasil. Durante muito tempo a praça da Bandeira foi pouco utilizada pela população, até que na década de 1990 o projeto original sofreu modificações. Em dezembro de 1997, ela foi reinaugurada, ganhando um elemento importante: o marco cívico do Centenário, monumento erguido em comemoração aos 100 anos da capital mineira. Com iluminação especial, a bandeira pode ser vista de longe, pois está hasteada a 40 metros de altura. Todo mês acontece a cerimônia de troca da bandeira, promovida por órgãos e instituições públicas e particulares, como o Exército, Força Aérea, Polícia Militar, entre outras. A próxima será dia 11 de maio, às 10h.

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