Revista Encontro

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As damas do poder

Kátia Massimo e André Lamounier
None - Foto: Cláudio Cunha

Junte em um só comando todas as decisões estratégicas sobre comércio exterior, energia, parcerias com a iniciativa privada e ainda projetos ligados à indústria, comércio e serviços de todo o estado. Acrescente a isso a coordenação do principal banco do estado, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG); do Instituto de Desenvolvimento Integrado (Indi); da Junta Comercial (Jucemg) e ainda as companhias de energia (Cemig), de gás (Gasmig) e de desenvolvimento econômico (Codemig). Você entregaria tanto poder a uma só pessoa, mais precisamente, a uma mulher? Pois saiba que foi exatamente o que fez o governador Antonio Augusto Anastasia, que entregou, pela primeira vez na história do estado, a direção da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais a uma mulher. Seu nome: Dorothea Werneck, mineira, ex-ministra do Trabalho e da Indústria e Comércio, doutora em economia pelo Boston College (EUA).

 

A cúmplice e o braço-direito

 

A ex-colega de sala do governador que se tornou sua amiga e confidente. Hoje, cuida do gabinete de Anastasia

 

Em política, há uma tese que diz que todo grande governante tem de ter ao seu lado uma espécie de cúmplice. Alguém de sua mais estrita confiança, que goza da intimidade do político e dos problemas que o incomodam. Em geral, essa pessoa atua como uma extensão dos olhos do próprio governante, a fim de enxergar e acompanhar determinadas questões. O ex-governador Aécio Neves, por exemplo, sempre teve com sua irmã, Andrea, essa cumplicidade.

Não é diferente no caso de Anastasia e da secretária Maria Coeli, responsável pela pasta da Casa Civil e das Relações Institucionais. Coeli cuida diretamente dos assuntos afeitos ao gabinete de Anastasia. Partilha de sua intimidade e absoluta confiança, e está sempre por perto. É ela quem analisa, traz as informações de bastidores, acompanha as entranhas do governo. Coeli é um braço importante do governador e o auxilia a comandar o transatlântico que é um governo. Maria Coeli Simões Pires jamais toma decisões sem antes conversar com as pessoas, questionar, sentir o tamanho do problema.  É uma mulher de sensibilidade e sólida formação em Direito Administrativo. Costuma dizer que está na vida pública para fazer a diferença. Aprendeu isso com o professor Paulo Naves de Carvalho, referência nacional em Direito Administrativo. “Ele dizia que o Direito Administrativo deveria servir para melhorar a vida das pessoas. Caso contrário, não servia para nada”, diz ela. O professor Paulo Neves foi orientador de mestrado de Maria Coeli e também do seu colega de sala, Antonio Anastasia. Foi desse compartilhamento de valores que nasceu a cumplicidade entre os dois,uma relação que jamais deixou de existir. Na Casa Civil, a missão de Coeli é a de ser facilitadora das ações do governo na relação com a sociedade.
“A nossa identidade é a do zelo, do diálogo aberto, o que é próprio da personalidade do governador“, diz Maria Coeli. “E as práticas da Casa Civil têm de refletir isso. Afinal, precisa ter a cara do dono.”

 


Mas Dorothea não é a única a fazer parte deste time. Nunca antes na história de Minas tantas mulheres estiveram à frente do primeiro escalão do governo e respondendo por pastas tão importantes. Elas ocupam cinco das 22 secretarias estaduais e estão, seguramente, entre as mais estratégicas secretarias do governo. Em comum entre essas mulheres está o fato de que todas têm forte perfil técnico e fazem parte da chamada cota pessoal do governador. Ou seja, não estão lá em consequência de indicações políticas. Pelo contrário. “O critério de competência é sempre fundamental”, garante Anastasia. “E, de maneira geral, as mulheres são muito dedicadas e organizadas, e há muito já provaram sua plena capacidade.” Na avaliação do cientista político e professor da PUCMinas, Malcon Camargo, o que o governo mineiro está fazendo é imprimir à administração pública o que já é realidade na iniciativa privada.

Ou seja, entregar às mulheres postos estratégicos. “Não faz muito tempo, a participação feminina no primeiro escalão de governos era restrita a pastas tradicionais, como a da Educação e da Cultura”, diz.

 

No governo mineiro, além da Educação e Cultura, e da Indústria e Comércio, as secretarias da Casa Civil e Relações Institucionais e a do Planejamento e Gestão são ocupadas por mulheres. E o peso dos cargos, aparentemente, não as intimida. Dorothea Werneck que o diga. Há muito ela está acostumada com os bastidores do poder. Funcionária de carreira do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Dorothea foi ministra do Trabalho do governo Sarney. Ao assumir o posto, em 1989, entrou para a história como a segunda mulher a ocupar um ministério – a primeira foi Esther Ferraz, ministra da Educação no governo João Figueiredo (1979 a 1985).

 

 

A mulher do não, mas com sorriso

 

Ela tem o controle da caneta (orçamento) e das estratégias para o futuro. Por isso, é considerada a "dama de ferro"

 

Todos os dias, a secretária de Planejamento, Renata Vilhena, checa as anotações que faz em um caderno particular.  O objeto se tornou cobiçado, mas ninguém, além da própria Renata, coloca as mãos nele. O caderno é só mais uma das formas que a secretária encontrou para acompanhar tudo. Mesmo porque, diariamente, passam pelas suas mãos orçamentos, compras, metas, negociações com servidores e projetos para os próximos anos. Extremamente organizada e metódica, Renata tem visão geral de tudo o que acontece no estado. Não sai um centavo sequer dos cofres públicos sem que ela assine embaixo. Sua principal missão: não permitir que os gastos superem as despesas. “É um desafio permanente”, diz. Mas nada que ela não tire de letra. Por isso, é considerada por muitos a “Dama de Ferro” do governo. A expressão surgiu na Inglaterra depois que Margareth Thatcher assumiu aquele governo no final dos anos 70. Thatcher encontrou um estado cheio de problemas, principalmente na área econômica. Com firmeza, adotou medidas de contenção de despesas e aumento da arrecadação. Iniciou-se na Inglaterra um novo ciclo de mudanças e prosperidade. Grosso modo, foi o que aconteceu em Minas Gerais depois do choque de gestão implantado por Aécio Neves, tendo Anastasia e Renata Vilhena como seus principais artífices. Renata é hoje uma espécie de zeladora do choque de gestão. Cuida do dinheiro e também do planejamento para o futuro. Ela não se tornou guardiã do cofre por acaso. Tem mais de 25 de experiência na administração pública. Não tem qualquer dificuldade de exercer sua liderança e todo o poder a ela delegado. É firme, porém educada, e sabe dizer não sem sequer alterar o tom de voz. Sinal de que aprendeu bem com seu mentor. “Anastasia é a minha referência, o meu guru”, diz.

 

 

Dinâmica, apaixonada pela administração pública, Dorothea chegou a fazer a tentativa mal-sucedida de enveredar pela política partidária, ao concorrer ao cargo de vice-governadora de Minas na chapa de Pimenta da Veiga (PSDB), em 1990. “Naquela época, tentei convencê-la a concorrer ao cargo de deputada federal”, diz o amigo Paulo Paiva, ex-ministro do Trabalho e atual presidente do Conselho de Administração do BDMG. “Com certeza, ela teria vencido”.

 

Tornou-se secretária de Política Econômica do governo Itamar e voltou a ocupar um ministério, desta vez o da Indústria e Comércio, no governo FHC. Nos últimos sete anos, contudo, depois de se aposentar, Dorothea esteve afastada do cotidiano da administração pública. Mudou-se para o Uruguai e dedicou-se a fazer consultorias e a desenvolver pequenos hobbies, como o da jardinagem. “Chegou um dia em que não aguentava mais a vida monótona”, diz. Dorothea separou-se do marido, arrumou as malas e voltou para o Brasil, disposta a por fim também à aposentadoria. Mal havia arrumado os armários, em seu novo apartamento em Brasília (DF), quando o telefone tocou. Do outro lado da linha estava o também ex-ministro de FHC, Paulo Paiva. “O governador Anastasia quer lhe fazer um convite. Posso passar seu telefone?”, perguntou Paiva. O telefonema seguinte já era do próprio Anastasia: “Preciso de você”, disse ele. Ela refez as malas e veio para assumir a musculosa secretaria. “Foi como um presente de papai Noel”, ela recorda.

 

A desenvolvimentista

 

“Sou movida a ideal e não a grana. Por isso minha paixão é o serviço público”

 

Se algum dia você precisar falar com a secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, não estranhe se ela mesma atender ao telefone. Dorothea é assim: direta, rápida, decidida. Tem uma energia de impressionar. “Ela é uma máquina para trabalhar”, diz a colega de governo Renata Vilhena. “Mas a maior qualidade que vejo nela é sua grande capacidade de ter foco no que faz”. Dorothea teve a vida dedicada à administração pública, na qual ocupou os mais distintos cargos. “Sou movida a ideal e não a grana. Por isso minha paixão é o serviço público.” Para tirá-la do foco em seu trabalho, só há uma pessoa: seu único filho, Renato, 36 anos, um bem sucedido mestre em engenharia da computação que mora nos EUA. É só falar de Renato que Dorothea muda o rumo da prosa e deixa o tempo correr. Aos 62 anos – que definitivamente não aparenta -, Dorothea vive em apart hotel em Belo Horizonte, chega todos os dias para trabalhar às 8h e não sai antes das 21h. Nas poucas horas de folga, visita familiares que tem na capital mineira, gosta de acompanhar os telejornais, ou mesmo se distrair com jogos de computador. Do hobby de jardinagem, não quer nem saber. “Isso ficou no Uruguai”, diz. Mesmo em casa, não deixa de repassar metas, projetos, números. Tem em mente a clara determinação do governador: elevar os indicadores de Minas, especialmente na geração de empregos. Dorothea é independente e não se prende a heranças políticas. Apesar de ter feito parte do time de FHC, faz críticas a esse governo, ao mesmo tempo que tece elogios à gestão de Lula: “O Lula copiou o FHC na parte econômica, mas lamento que o FHC não tenha cuidado da parte social como fez o petista.” Com apenas cinco meses de governo, ela já percebe diferenças na gestão Anastasia. "Seu estilo é diferemte", diz ela.  Diferente como, Dorothea? “Ao chegar, perguntei a ele: 'Como prefere que eu despache com o senhor, governador?". Ele respondeu: "Dorothea, eu atendo celular. E, por favor, me chame de você".

 

Também não é de hoje que Maria Coeli (fala-se “Tieli”) Simões Pires, secretária da Casa Civil e Relações Institucionais, está à frente de decisões estratégicas na gestão pública. Ela construiu carreira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no cargo de procuradora, e coordenou em 89 o processo constituinte estadual. Recentemente, enfrentou prova de fogo no primeiro mandato do governador Aécio Neves, quando presidiu o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg-MG), com a missão de implantar lá o choque de gestão. Teve apenas oitos meses para adotar uma série de medidas, que incluíram responder a 52 processos administrativos movidos pelo Ministério Público para apuração de procedimentos e promover 400 pregões.

 

A partir daí, Maria Coeli foi só ganhando novas responsabilidades, até chegar ao cargo de secretária extraordinária de Relações Institucionais na gestão passada. “Conheço poucas pessoas com tanta capacidade de trabalho como ela”, diz o procurador da Assembleia Legislativa de Minas, Júlio Cesar Esteves, que durante muitos anos foi colega de trabalho de Maria Coeli.
Entre as veteranas, quem está há mais tempo no governo é a secretária de Planejamento, Renata Vilhena. Ela foi conquistando aos poucos a confiança de Anastasia, desde quando ingressou no governo no início da década de 1990 para trabalhar em cargo técnico. Na atual gestão, chegou a ser chamada de supersecretária, por ter poderes de aprovar, acompanhar e liberar recursos para todos os projetos do governo. Mas Renata refuta o título. “Sou uma servidora como as outras”, diz.

 

 

A pragmática

 

Experiência internacional e na iniciativa privada para a cultura de Minas. "Respiro cultura 24 horas por dia"

 

Há uma máxima no meio cultural que diz o seguinte: quando se junta três pessoas da área de cultura aparecem, no mínimo, quatro caminhos. A falta de objetividade é quase uma praxe entre os diletantes do assunto. Mas, atenção, é melhor ter cautela antes de estender o rótulo para a atual secretária de Cultura, Eliane Parreiras. Pragmática, objetiva, Eliane é do tipo resolvida. Não se perde em longos debates e prefere imprimir um ritmo executivo às questões afeitas à sua área. “Ela sabe decidir”, diz Nestor de Oliveira, atual secretário de Comunicação. Isso se deve, em boa parte, à sua experiência pregressa na iniciativa privada e, também, à visão internacional. Foram essas características que ungiram Eliane ao cargo. Afinal, o governo Anastasia tem dois enormes desafios na área de Cultura. O primeiro é fazer deslanchar o Circuito Cultural da Praça da Liberdade. Idéia inovadora, moderna, mas que há anos se arrasta sem ter-se tornado uma realidade efetiva. Eliane é a pessoa certa para liderar o projeto, face o seu perfil executivo. O segundo desafio é o da descentralização da ação do estado. Todo mundo sabe que a cultura é um grande instrumento de integração. É isso o que quer o governador Anastasia. E de estímulo à produção cultural Eliane entende bem. Algumas das melhores lembranças que ela guarda da infância têm como cenário os museus, cinemas e teatros de Belo Horizonte. Nas férias ou fins de semana, ela e irmã, acompanhadas do pai, promotor de Justiça, e da mãe, pedagoga, deixavam a cidade de Brumadinho, onde viveram por alguns anos, para se deliciar com os programas culturais na capital.  Foi aí que tomou gosto por tudo o que é relacionado à cultura. Tornou-se produtora cultural e viajou o mundo para conhecer as grandes produções. Ela confessa que respira cultura 24 horas por dia em tudo o que vê, faz, pensa.   “Meus pais sempre nos estimularam por acreditar que a cultura tem que estar na base da formação humana”, diz Eliane. É com essa visão que ela vem tocando os projetos à frente da Secretaria de Cultura.  “O governador é uma pessoa que tem sensibilidade e conhece bem a área. Isso facilita muito”, diz.

 

Bonita, jovem e sorridente, é considerada uma pessoa de trato delicado, porém firme. Foi ela quem comandou, por exemplo, todo o processo de transferência de pessoal para a cidade administrativa. “Ela sempre foi uma pessoa tranquila, mas extremamente exigente com os resultados”, diz Fádua Handam de Matos Baião, subsecretária de gestão da Secretaria de Planejamento.

 

A obstinada

 

Desafio de manter a educação do estado no topo do ranking nacional. "Meu patamar é mais acima"

 

Quando ela precisou escolher qual profissão seguir, em plena ditadura militar, Ana Lúcia Gazzola teve dúvidas. Queria muito enveredar pelos caminhos da educação, seu sonho de menina, mas também tinha grande admiração pelo Direito, profissão do pai. Advogado atuante na época, o próprio pai foi o primeiro a desestimular a última opção. Não porque ela não levasse jeito. O temor paterno residia no fato de que ele conhecia bem uma característica de sua menina: quando ela mergulha numa área, ninguém a tira. Seu pai preocupava-se de que o eventual envolvimento da filha fosse tamanho que ela acabaria por criar indisposição com o temido governo militar. “Sou intempestiva e luto por aquilo que acredito”, diz Ana Lúcia. “Meu pai estava certo. Eu traria muitos problemas”. E foi justamente graças a esse perfil que a educadora se tornou uma das mais respeitadas gestoras e técnicas de sua área no Brasil. “Ela é a pessoa certa, no lugar certo”, diz o secretário de Comunicação, Nestor de Oliveira. Os vários cargos que ocupou permitiram também que ela construísse relações importantes em sua área. Peça fundamental para que a secretaria consiga buscar parcerias com instituições de fomento do país. Tudo para atingir aquele que é o maior objetivo de sua pasta: manter Minas Gerais no topo do ranking entre os estados com a melhor educação do país. Atualmente, Minas está em 1º lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (IDEB). Mais: os indicadores de evasão no estado também melhoraram. A evasão é medida pela taxa de abandono, que entre os estudantes do ensino médio do estado passou de 4,12%, em 2008, para 3,51%, em 2009.  Os números são, indiscutivelmente, bons. Mas o desafio de Ana Lúcia é ainda maior, o de promover a chamada “revolução da educação” em Minas.  “Tivemos muitos avanços”, diz Gazzola. “Mas o patamar que quero alcançar é mais acima”.

 

Para fechar o time das experientes em administração pública está Ana Lucia Gazzola, que assumiu este ano a pasta da Educação, em substituição à secretaria de Desenvolvimento Social, que dirigiu no governo de Aécio Neves. Embora seu trabalho à frente da pasta social tenha sido muito elogiado, é na educação que Gazzola se sente mesmo em casa. Ela tem uma vida inteira dedicada ao assunto. Professora da UFMG, foi também reitora da universidade no início dos anos 2000, período em que a instituição passou por sérias dificuldades financeiras. Ana Lucia Gazzola arrumou as contas, captou recursos e entregou o cargo para seu sucessor com obras importantes no currículo, entre as quais a construção de novos prédios e ampliação de 30% das vagas no período noturno. “Ela é uma guerreira”, diz Albanita Roberta de Lima, subsecretária de assistência social da Secretaria de Desenvolvimento Social, que trabalhou com Gazzola.

 

Caçula do grupo e estreante nas funções de secretária de estado, Eliane Parreira é titular da Cultura. Com destacada experiência na iniciativa privada, tendo dirigido o Instituto Cultural da Usiminas, referência no Brasil quando se fala em projetos culturais liderados por empresas, Eliane tem bagagem de sobra. Ela integrou a equipe executiva responsável por conceber o Circuito Cultural Praça da Liberdade e dirigiu a Fundação Clovis Salgado, que cuida do Palácio das Artes. “Além de ser profunda conhecedora, ela se tornou referência no meio”, diz Solanda Steckelberg, atual presidente da Fundação Clovis Salgado. Eliane sabe, contudo, que está diante de sua maior responsabilidade na área. Mas não tem medo; pelo contrário, sente orgulho de fazer parte do time de mulheres escolhido pelo governador. “Todas foram convidadas a ocupar os cargos pelo conhecimento que detêm”, diz Eliane. “Estou segura de que tenho muito a contribuir”.

 

 

Governador Antonio Augusto Anastasia: "Meu critério é de competência. Elas são mais dedicadas e organizadas"

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