Ensino centenário
Um quarteirão no bairro Funcionários. Esse foi o espaço doado pela prefeitura, em 1912, a um dos colégios mais antigos da capital mineira. O Colégio Arnaldo, dirigido pela congregação alemã Verbo Divino, tem quase cem anos de existência e muitas histórias para contar. A começar pela suspeita do abrigo antiaéreo para períodos de guerra e de um túnel que o ligaria ao colégio Sagrado Coração de Jesus. Curiosamente, até 1950, só estudavam meninos na escola. Por lá passaram muitas pessoas que se destacaram no cenário mineiro e nacional, como o poeta Carlos Drummond de Andrade, o ex-prefeito Célio de Castro, o escritor Fernando Sabino, o ex-ministro Patrus Ananias, entre muitos outros. Tombado pelo patrimônio histórico municipal, atualmente passa por uma restauração na fachada. Depois será a vez de o auditório sofrer mudanças.
Arte dos pontos
Existe em Belo Horizonte um local dedicado exclusivamente à história do bordado. Vestidos de noiva, caminhos de mesa, roupas, colchas, entre outros, podem ser encontrados no Museu do Bordado. Localizado no bairro Cidade Nova, foi criado há oito anos pela artista plástica Beth Lírio. Nasceu de doação de peças de suas amigas, que pediam a outras amigas e assim por diante. “E ainda é assim. Hoje recebo bordados até pelos correios”, revela Beth. Juntou tantos que decidiu reservar o 3º andar de sua casa, pois não conseguiu verba para abrigar os objetos em um local próprio. Hoje, Beth conta com um acervo de aproximadamente 2 mil peças. A mais antiga é de 1780: um pequeno pano de penteadeira em crochê com linhas finas. Os cuidados? São muitos, tanto que foi criado um grupo para manter as peças intactas, sem amarelado, fungos, traças e outros agentes de destruição. O Museu do Bordado recebe visitas diariamente. Basta entrar em contato (3484-1067) e agendar o horário.
Memória dos trens de ferro
Os moradores de Sarzedo, antigo distrito de Ibirité, estão rindo à toa. O conjunto arquitetônico do complexo ferroviário da cidade acaba de virar museu.
Verde perto de você
A correria do dia a dia muitas vezes não nos deixa perceber como é arborizada nossa cidade. Tem gente que passa diariamente pela avenida Bandeirantes, no bairro Anchieta, e não sabe que ali existe um parque. O Julien Rien foi fundado em 1978, tem área de aproximadamente 14,4 mil metros quadrados de mata preservada e nascentes. É um dos que integra o cordão de parques no entorno da Serra do Curral, juntamente com a Mata das Borboletas, o Parque das Mangabeiras, o Fort Lauderdale, o Parque JK e o Parque das Nações. Sua ampla cobertura vegetal ocupa 80% da área, que é constituída por espécies ornamentais, árvores nativas e exóticas.