A resistência de uma das mais sólidas empresas do setor madeireiro de Minas Gerais está posta à prova. Desde que foi desfeita a sociedade entre pai e filho, empresários têm dado seus palpites se a Macal vai sobreviver ou não à crise, que culminou há poucos meses no fechamento do imponente showroom que funcionava há mais de 55 anos na avenida Nossa Senhora do Carmo, endereço privilegiado da zona sul de Belo Horizonte. A faixa “aluga-se” na loja expôs uma briga familiar em que os envolvidos não pouparam uns aos outros.
O pai, Francisco Caus, hoje com 80 anos, disse à Encontro que foi “obrigado” a despejar o próprio filho, Luiz Antônio Caus. “Ele não estava pagando o aluguel, alegando que estava muito caro. O que eu podia fazer?”. De acordo com o senhor Francisco, o filho é um “descontrolado”. A sociedade entre eles começou a ruir em 2005, quando a relação entre os dois filhos (Luiz Antônio e Carmen Valeska) passou a ficar impraticável. A saída, então, foi buscar um novo inquilino.
No feriado de Corpus Christi, porém, um homicídio tornou mais sombria a história sobre a disputa entre os herdeiros.
Procurado pela reportagem, Luiz Antônio não foi encontrado para comentar a acusação. Uma semana antes, contudo, conversou sobre os negócios. "A empresa está bem, só mudou de endereço", disse. A loja estaria funcionando temporariamente no bairro Olhos D’Água, onde já existia o depósito da madeireira. “Assim que eu encontrar um bom imóvel para comprar ou alugar, vou montar um novo showroom”, afirmou. Segundo ele, o burburinho de especuladores de que a Macal pode estar fechando as portas não atrapalha seus negócios. Ele nega que parou de comprar matéria prima (sua madeira vem principalmente do Pará e de Rondônia) e que estaria atualmente apenas se desfazendo do restante do estoque. “As madeireiras passam por uma boa fase, puxada pelo boom da construção civil.