Revista Encontro

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Enfoque 3

Kátia Massimo*
None - Foto: Cláudio Cunha, Carlos Olímpia, Gladyston Rodrigues, Geraldo Goulart e Divulgação

Nova sociedade comando

 

Depois de comemorar o casamento de uma de suas filhas, em maio passado, o empresário Alexandre Veiga (esq.), da Patrimar, tem novos motivos para estourar champagne. Ele acabou de confirmar a compra de cerca de 30% das ações que seu cunhado, Marcelo Martins (dir.), tinha na construtora, uma das maiores do Brasil, com forte presença em Minas e no Rio de Janeiro. Com a aquisição, Veiga e sua mulher, Heloísa Martins, passam a ser majoritários na companhia e tendo como único sócio o engenheiro Murilo Martins, fundador da empresa e pai de Marcelo e Heloísa. Marcelo continuará sócio de três empreendimentos: um condomínio de alto luxo que será lançado em Montes Claros, norte do estado, em sociedade com a construtora Caparaó; o loteamento Quintas do Morro, vizinho ao Morro do Chapéu; e o Parque Burle Marx, nome dado ao novo empreendimento da Patrimar e da Caparaó, na zona sul de BH, em área de 1 milhão de m2, entre os bairros Mangabeiras, Sion e Belvedere. Fundada em 1978, a construtora Patrimar está voltada para a construção de moradias de alto padrão para as classes A e B. Há alguns anos, lançou a marca Novolar para empreendimentos mais populares. Hoje, a Novolar responde por 40% dos negócios da empresa. Em 2010, a Patrimar registrou o melhor resultado de sua história.

Cresceu 40% em relação ao ano anterior. "O negócio foi feito no melhor momento", diz Marcelo. "Tanto para quem vendeu, como para quem comprou". Pelo menos até o fim deste ano, Marcelo Martins continuará exercendo suas funções executivas como diretor da empresa.

 

 

 

Produção mineira

 

Chama-se Nacional o cimento que o Grupo Brennand, um dos mais tradicionais de Pernambuco, está produzindo em sua recém-instalada fábrica de Sete Lagoas (MG). A unidade da empresa no estado, que começou a operar em maio com a previsão de gerar 1.500 empregos direitos e indiretos, é considerada uma das mais modernas do país. A capacidade de produção é de um milhão de toneladas por ano. Os investimentos totais do Grupo Brennand em Minas, sob o comando do paulista José Eduardo Ferreira Ramos, ultrapassam R$ 700 milhões, considerando também o valor empregado em uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH), que está em construção na cidade mineira de Unaí.

 

 

Melhor que a encomenda

 

A iniciativa é pioneira por aqui e a adesão surpreendeu: mais de 4.500 pessoas apresentaram sugestões para o projeto de requalificação da praça Carlos Chagas, conhecida como praça da Assembleia, no bairro Santo Agostinho.  A ideia da consulta pública – elogiada por entidades do setor, como o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-MG), que tem à frente a arquiteta Cláudia Pires – partiu da própria Assembleia, que adotou a praça, mas não vai investir dinheiro público na reforma. A obra deverá ser custeada por empresas parceiras, que serão contatadas pelos deputados que dirigem a casa. As opiniões dos cidadãos serão referência na elaboração do projeto, definido como prioritário pela Assembleia.

 

 

 

Hora de investir

 

Aproveitando o bom momento do turismo de negócios na capital mineira – a administração municipal estima que são realizados por ano pelo menos 4 mil eventos como feiras e congressos em Belo Horizonte – e de olho nas oportunidades que virão no rastro da Copa do Mundo, empresas do setor instaladas na cidade vêm investindo em expansão. Criada em 2008, a FACMT, especializada em cenografia para eventos, é um exemplo.  Em apenas três anos, o faturamento da empresa cresceu 1.000% e a estrutura já está pequena para atender ao crescimento da demanda. O diretor Bruno Borges planeja investir em uma nova sede, de 3 mil m2, e dobrar a capacidade de atendimento ainda este ano.

 

 

 

Segurança lucrativa

 

A preocupação com a segurança, que só vem crescendo nas grandes cidades, não poderia ter impacto melhor para os fabricantes de equipamentos. Que o digam as indústrias instaladas no Vale da Eletrônica, polo de tecnologia de Santa Rita do Sapucaí, sul de Minas. Das 141 empresas locais, 38 são do segmento de segurança.

Juntas elas respondem pelo faturamento de R$ 300 milhões, que corresponde a 20% do total registrado pelo Vale da Eletrônica em 2010. O boom de vendas dos equipamentos já permite projetar faturamento melhor para 2011, na faixa de R$ 500 milhões. “É um crescimento exorbitante”, diz Roberto de Souza Pinto, presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel).

 

 

 

Adesão ao nome

 

Assim que foi anunciada a indicação do desembargador mineiro Hebert Carneiro para ocupar uma das duas vagas de ministro no Superior Tribunal de Justiça (STF), os deputados federais mineiros que integram o movimento Pró-minas logo se reuniram em Brasília, a fim de reforçar o apoio ao nome. Por aqui também houve mobilização. Na Câmara Municipal, uma lista de assinaturas de apoio ao desembargador percorreu a casa, por iniciativa do vereador Daniel Nepomuceno (PSB), e foi enviada à presidente Dilma Rousseff, a quem cabe a decisão final pelos nomes que farão jus aos cargos.

 

 

 

 

 

 

“Bandidos não podem continuar à frente do PMDB.”
Newton Cardoso, deputado federal (PMDB), que se irritou com os dirigentes do partido, ao ter negado os pedidos de dissolução de diretórios municipais da sigla, em reunião da executiva mineira do PMDB.

 

“Seu tempo passou, Newton. Você não manda mais aqui."
Antônio Júlio, deputado estadual (PMDB), rebatendo a declaração.

 

“O TRE é uma casa da mãe Joana.”
Doutor Célio, suplente do vereador Pablito (PTC), indignado por não ter sido informado sobre a desfiliação partidária do vereador, ocorrida em março, o que lhe daria o direito de assumir o cargo. Doutor Célio perdeu o prazo para requerer a vaga, que pelas regras de desfiliação partidária é de 30 dias.

 

“Quer um conselho? Mude de cidade ou compre um helicóptero.”
Nilson Tadeu Nunes, professor, chefe do Departamento de Engenharia de Transporte da UFMG, alertando que a situação do trânsito em BH só tende a piorar.

 

 

“MPB é coisa de frouxo.”
Lobão, cantor, durante sua passagem pela capital mineira, onde se apresentou no BH Music Station

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