Revista Encontro

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Uma cidade para ver à noite

Daniela Costa
None - Foto: Cláudio Cunha, Eugênio Gurgel e Geraldo Goulart

Percorrer as ruas e praças ao anoitecer está virando um programa em Belo Horizonte. Nos últimos meses, aumentou o número de lugares da capital que ficaram mais bonitos graças a investimentos em iluminação.

 

Segundo Marcel da Costa Siqueira, gerente da divisão de eficiência energética em iluminação pública da Eletrobras, cerca de 100 mil pontos de iluminação pública foram reestruturados. Não é pouco, já que há, no total, 178 mil pontos em BH – ou seja, quase 60% foram revitalizados.

 

 

Os resultados práticos disso estão sendo vistos nos últimos meses, mas a história é bem mais antiga. Os primeiros investimentos já têm 10 anos, quando foram aplicados R$ 15 milhões nos postes e fontes de luz. Em 2007, outros R$ 7,5 milhões. “Num primeiro momento, revitalizamos 80 mil pontos de iluminação e, seis anos depois, mais 20 mil”, diz Marcel Siqueira. Tanto em 2001 quanto em 2007, as lâmpadas de vapor de mercúrio foram substituídas por lâmpadas de vapor de sódio, de menor potência e mais econômicas.

 

Outro projeto, o Centro Vivo, lançado em 2007 pela prefeitura, teve investimento de R$ 100 milhões e deu início à revitalização da região central da capital. Parte desse capital foi para o novo sistema de iluminação.

“Com esse projeto foi feita uma melhor distribuição da iluminação pública e implantação em lugares onde ela ainda não existia”, explica o engenheiro Augusto César Pirassinunga, diretor de iluminação pública da SUDECAP. O tipo de lâmpada usada é escolhido de acordo com a especificidade de cada local, sendo as mais comuns as de vapor de sódio, vapor de mercúrio e vapor metálico.

 

Já a instalação de lâmpadas a base de diodos emissores de luz (LED) não é viável devido a seu alto custo. “Fizemos um teste na orla da Pampulha e verificamos que o custo-benefício do LED não é satisfatório. Nossa despesa mensal com a iluminação pública é de aproximadamente R$ 2,7 milhões e, com esses novos projetos, queremos reduzir esse valor”, diz Pirassinunga.

 

Com tantos investimentos, locais como a Praça Rui Barbosa – popular Praça da Estação –, Praça Raul Soares e Praça 7 de setembro não são mais sinônimo de violência, e surgem como polo cultural, tornando-se pontos de encontro de famílias e grupos variados.

 

Até o fim de 2011, a orla da Pampulha, a Praça Rio Branco e o Boulevard Arrudas terão a rede de iluminação pública refeita. “A previsão é de que sejam investidos R$ 6 milhões para a conclusão desses projetos”, diz Pirassinunga.

 

 

 

 

 

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