A preocupação com o rumo – ou com a falta dele – da educação em nosso estado sempre esteve presente nas páginas da Encontro.
Infelizmente, apenas pequena parte dos milhares de jovens mineiros que estão em aula frequenta escolas bem equipadas, com currículos modernos e professores preparados. Para a imensa maioria a realidade é oposta. As escolas são ruins; os currículos, insatisfatórios e ideologizados; e alguns professores, com nível de conhecimento rudimentar, encaram a profissão como simples bico, na falta de coisa melhor.
O resultado de tamanha precariedade está expresso no desempenho dos alunos em exames de avaliação como o Enem, e também no sucesso da carreira profissional. Não se está aqui querendo dizer que somente escolas particulares e ricas são capazes de fazer vencedores. Nada disso.
“Uma boa escola tem de ter liderança forte, disciplina, rigor no estudo e bons professores”, diz o professor Claudio de Moura Castro, um dos mais brilhantes e renomados intelectuais do país na área de educação, que, a partir deste mês, escreve para Encontro. Graduado em economia pela UFMG, mestre pela universidade de Yale (EUA) e doutor pela universidade de Vanderbilt (EUA), Moura Castro foi professor de diversas universidades no país e no exterior. Trabalhou no Banco Mundial, no BID e atualmente é membro do conselho consultivo de cerca de 20 empresas. Carioca, mudou-se para Minas aos 10 anos, morou em Itabirito e em BH, onde vive atualmente. Estudou no colégio municipal Marconi – símbolo, no passado, de excelência acadêmica na capital mineira.
Castro não é referência apenas no campo da intelectualidade. Diabético, 72 anos, participa de corridas e é praticante de parapente e escalada. Casado, pai de uma filha, tem como hobby a fotografia e a marcenaria. “Sou um aventureiro”, diz. Na Encontro, vai escrever sobre temas diversos, além de educação, para contar suas experiências no campo da gastronomia, das viagens internacionais e da vida. Seja bem-vindo, mestre Claudio!
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