Usando uma metáfora do campo, a cantora mineira Paula Fernandes resume o que representou, para ela, o ano 2011: “Foi um ano de colheita, depois de longos anos de plantio”. Uma safra abundante, diga-se de passagem. O prenúncio de bons tempos anunciou-se ainda na virada do ano, quando Paula, até então um rosto desconhecido para boa parte dos brasileiros, cantou para 400 mil pessoas, no especial de fim de ano de Roberto Carlos, transmitido ao vivo pela TV Globo. Apresentada em grande estilo ao público brasileiro, ela passou o ano acumulando conquistas.
Dos tempos de penúria, na infância e na adolescência, quando cantava em rodeios e feiras agropecuárias pelo país afora, correndo atrás do sonho, ela saltou para capas de revistas (inclusive Encontro, em fevereiro de 2011), colunas musicais, programas de TV. O reconhecimento veio aos borbotões: 1,4 milhão de cópias vendidas do DVD Pássaro de Fogo; indicações para o Grammy Latino; prêmios Multishow como melhor cantora sertaneja e melhor cantora (escolha do público); mais de 260 shows até o final do mês de dezembro.
Nascida em Sete Lagoas (MG), bonita, doce e simpática, Paula passou a infância aos pés da Serra do Cipó e cedo descobriu-se cantora. O talento explícito da então menina fez com que a mãe dela empreendesse uma verdadeira saga junto com a filha, em busca de reconhecimento. Foram tempos difíceis, e Paula quase desistiu. Mas, eis que o destino tinha reservado para a cantora, instrumentista e compositora, um lugar privilegiado ao sol.
Hoje, passando os dias entre hotéis, palcos e aeronaves, Paula está realizando um sonho.