Revista Encontro

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Enfoque 9

Kátia Massimo*
None - Foto: Eugênio Gurgel, Bárbara Dutra, Renata Caldeira, Helena Leão, Divulgação

Enfim, um mineiro no comando

 

Há quase 20 anos, a Sociedade Brasileira de Urologia – que além de monitorar a prática desta especialidade, tem forte influência na definição da política nacional de saúde – elege seus dirigentes pelo voto direto. A escolha é feita pelos mais de 5,5 mil urologistas do país. Mas desde que a votação passou a ser feita pelas urnas, é a primeira vez que um médico mineiro é escolhido para o posto. Nas eleições realizadas em novembro, em Florianópolis (SC), o conceituado urologista mineiro Carlos Corradi recebeu 55% dos votos para presidente. Ele venceu chapa composta por médicos paulistas e cariocas – que há anos se alternam no cargo. “Foi puxado”, diz Corrado, 56 anos. “Mas mostra que Minas está com prestígio”. A responsabilidade não assusta o médico, que atua há três décadas na área, período em que complementou sua formação na Universidade da Califórnia (EUA).

Atualmente, Corradi trabalha no Hospital das Clínicas e também é professor da Faculdade de Medicina da UFMG. Tornou-se referência no setor ao defender causas como a necessidade de exames preventivos para reduzir a incidência de câncer de próstata no Brasil, uma das suas bandeiras como dirigente da instituição. E ele tem outras: “O Brasil é referência em urologia, mas temos de melhorar a política pública de saúde”, diz. A posse será em janeiro, para um período de quatro anos.

 

 

 

Reina a paz

 

Engana-se quem pensa que há diferenças entre o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado, e um dos vice-presidentes da entidade e também presidente do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra), Fernando Coura. Em solenidade realizada pela Assembleia Legislativa de Minas, para homenagear os 20 anos do Sindiextra, Olavo Machado fez questão de comparecer para prestigiar Coura. Durante a solenidade, os dois não economizaram cortesia e sorrisos, esvaziando especulações recentes que davam conta de divergências entre eles. Mais uma demonstração de força e união entre as lideranças empresariais mineiras.

 

 

 

Davi X Golias

 

Não é de hoje que a loja de eletrônicos Eletrocell vem ganhando envergadura e começa a incomodar até gigantes que atuam no segmento, como a Ricardo Eletro. A rede, que surgiu no final da década de 1990 na revenda de celulares, tempos depois ampliou o mix e passou a atuar no comércio varejista e também no e-commerce de eletrônicos em geral. Hoje, a Eletrocell já tem 17 lojas próprias. Só no último semestre, foram inauguradas seis lojas, duas delas em dezembro – uma no centro de BH e outra em Divinópolis. E não vai parar por aí. “Com tantas novidades em tecnologia surgindo a cada mês, o nosso segmento não para de crescer”, diz o empresário Cássio Lage, sócio da empresa. “Estou entusiasmado.”

 

 

 

Colecionador de prêmios

 

Depois de receber pelo segundo ano consecutivo o prêmio de Excelência em Transporte, concedido pela DHL, líder mundial em logística, a Patrus Transporte é homenageada mais uma vez.

O diretor da empresa, Marcelo Patrus, acaba de ganhar a medalha de Mérito do Transporte da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC Logística), concedido a empresas e pessoas que contribuem para a melhoria das condições do transporte rodoviário de cargas e logística no Brasil. Empresa mineira fundada em 1973, a Patrus é responsável hoje pela distribuição dos produtos da Nike do Brasil, Bosch, Sky, entre outras marcas reconhecidas. O trabalho da transportadora já foi reconhecido ainda por premiações promovidas por clientes do porte da Natura e O Boticário.

 

 

 

Só para maiores

 

Vai ficar para 2012 a votação em segundo turno do projeto de lei que veta, além da venda, o consumo de bebidas alcoólicas para crianças e adolescentes em Minas. De autoria da deputada Ana Maria Resende (PSDB), o projeto estabelece sanções, como multas, para os donos de estabelecimentos que não vigiarem o acesso dos menores às bebidas. Somente depois de ser apreciado em segundo turno é que o projeto vai seguir para análise do governador Antonio Anastasia e pode virar lei. Como não há data para que todo esse processo aconteça, dá tempo de os comerciantes já irem se ajustando – e os menores adeptos do álcool, também.

 

Deu o que falar

 

 

 

“Ah, tá; já sei”

 

Marcos Valério, publicitário, conhecido como operador do Mensalão, ao ser preso em sua casa na Pampulha, em BH, às 6h da manhã, em uma operação da Polícia Civil da Bahia que investiga fraudes na aquisição de terras daquele estado

 

“O que mais degrada o meio ambiente é a pobreza”

 

Anderson Cabido (PT), prefeito de Congonhas, sobre o questionamento do Ministério Público a respeito dos limites da exploração mineral na Serra Casa de Pedra, principal cartão postal da cidade. Projeto de lei que visa estabelecer os tais limites está aguardando votação

 

“O mundo mudou, as mulheres mudaram, mas os homens continuam no século XIX”

 

Luzia Ferreira, deputada estadual (PPS), referindo-se aos crimes contra mulheres cometidos por maridos ou ex-companheiros, especialmente nos últimos meses, em Minas Gerais

 

“Meias verdades são piores que uma mentira”

 

Marcio Lacerda (PSB), prefeito de Belo Horizonte, ao minimizar denúncias que acusam o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, de tráfico de influências em licitações

 

 

 

“Não aceitei, porque não preciso. Preferi deixar para alguém que tenha maior necessidade”

 

Rondon Pacheco, ex-governador de Minas, 91 anos, morador de Uberlândia, que recebeu homenagem concedida pela Câmara Brasil Itália, no início de dezembro, ao recusar o convite da Fiat de transportá-lo em jato particular para a solenidade de premiação, realizada em Belo Horizonte. Ele preferiu vir de avião de carreira

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