Revista Encontro

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Gente fina 9

Carolina Godoi
None - Foto: Geraldo Goulart, Paulo Márcio, Divulgação

Com cara de estrela

 

Não é prestígio só do astro canadense da música pop, Justin Bieber, ganhar uma biografia sobre sua vida e carreira em plena adolescência. A cantora mineira Luciana Alone Pereira, a Lu Alone, de 18 anos, também acaba de ter sua trajetória contada em livro. Lu Alone: até aqui, de Sabrina Abreu, mostra porque não é por acaso que a jovem chama a atenção. Seu talento foi descoberto por um maestro em um coral infantil, quando ela tinha 4 anos. O primeiro álbum próprio veio em 2010 e foi o segundo mais vendido no ano pelo Slap – selo de novos talentos da Som Livre, a maior do Brasil. O sucesso da garota é maior na internet, mas ela brilha também na TV. Músicas suas compõem trilhas sonoras de novelas da Rede Globo e sua vida já foi retratada em um reality show do canal Multishow. “Eu não gosto de me sentir famosa, e isso me motiva a querer conquistar sempre mais”, conta.

Este ano, ela concorreu ao prêmio de melhor cantora, ao lado de estrelas como Maria Gadú, Pitty, Ivete Sangalo e Paula Fernandes. A mineira não levou, mas ficou entre as cinco melhores. Guarde este nome, ela ainda chega lá.

 

 

 

Cheia de ritmo

 

Aos 33 anos, a designer de acessórios e estilista mineira Anna Boogie comemora sua melhor fase. Em São Paulo há oito anos, ela já é a queridinha dos fashionistas com suas criações que fogem do lugar comum. Não raro, vê-se produções da modelo Carol Ribeiro, das apresentadoras Julia Petit e Jana Rosa com seus colares, anéis e pulseiras únicas e de personalidade. Casada com um paulista (o DJ Zegon, ex-Planet Hemp, apreciadíssimo pelos descolados paulistanos que adoram hip hop) e mãe da pequena Sofia, ela dá seu próprio nome à sua marca de acessórios. O site-portfólio com a nova coleção acaba de ser lançado, privilegiando as pedras brutas brasileiras. “O visual é moderno, apesar do apelo folk e rústico”, explica. Ainda sem ponto de venda em BH, Anna está estudando trazer o estoque de todas as coleções já lançadas desde que a marca surgiu, em 2006. A parada em terras mineiras é obrigatória, já que ainda tem família na cidade natal, São Gotardo. “Tenho de voltar às raízes para me reabastecer”.

 

Colaborou Guilherme Torres

 

 

 

Procurador recordista

 

“Tudo é possível”. O lema do carioca Luiz Renato Topan é levado ao pé da letra desde que foi campeão brasileiro de natação na categoria infantil, nos idos anos 80. O tempo passou e Renato, que mora em Belo Horizonte há 23 anos, tem colocado em prática seu lado competitivo no trabalho e fora dele.

Ele é procurador da justiça do Ministério Público do Estado de Minas Gerais desde que tomou posse, com apenas 22 anos de idade. “Fui o mais jovem do país em tal feito”, conta. O impressionante é que ainda conseguiu tempo, ânimo e coragem para escalar onze montanhas e bater o recorde mundial de velocidade de escalada de base ao cume do Aconcágua. Abandonou o perigo das montanhas, mas se apaixonou pelo triatlon em 2007. E aí, foi campeão Pan Americano e vice-campeão mundial de Aquatlon. Já ganhou seis etapas de circuitos mundiais de provas longas e acaba de ser vice-campeão mundial de Ironman no Havaí. Para quem não consegue mensurar o tamanho da conquista, pense que as maratonas têm 4 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida. “Só é preciso esforço e disciplina”, ele brinca. Vejam vocês, só isso!

 

 

 

Ele tem futuro

 

Empreendedorismo também se aprende no colégio. A maior e mais antiga organização de educação prática em economia e negócios do mundo, a americana Junior Achievement, está ensinando a adolescentes de colégios públicos e privados de todo o mundo o funcionamento real de uma corporação.

Em BH, a miniempresa INOV4R, formada por alunos da Escola Santo Tomás de Aquino, pegou carona na onda das ecobags e fez um projeto de produção, logística e venda de mil sacolas. Quem encabeçou a ideia, ao lado de 23 colegas de sala, foi José Eduardo Andrade, de 17 anos. “Tivemos uma experiência única de trabalho em equipe”. A miniempresa foi escolhida entre as 20 melhores da América Latina e, no último dia 29, durante evento em Bogotá, na Colômbia, o projeto foi premiado como um dos cinco melhores do mundo.

 

 

 

A câmera que é o bicho

 

Eduardo Neves e Paulo Emílio Fernandes, sócios da Brokolis, produtora de vídeo mineira, estão rindo à toa. Foram indicados ao Prêmio Profissionais do Ano da Rede Globo, na categoria Mercado Leste-Oeste, com três comerciais diferentes. Feito para a agência Lápis Raro, o filme da Unimed-BH levou a melhor e abocanhou o prêmio. Outro motivo de comemoração da dupla é a chegada, depois de dois anos de espera, da cobiçada câmera de cinema digital, a Epic. Equipamento de ultra-definição, que custa a bagatela de US$ 80 mil, a câmera já é usada em filmes hollywoodianos, mas vai ser única em terras mineiras.
 

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