Revista Encontro

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BDMG vira sócio

Kátia Massimo*
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Não é de hoje que o governo mineiro tenta viabilizar a construção de uma fábrica de semicondutores no estado. O projeto ficou engavetado por nove anos, por falta de parceiros estratégicos. Agora, essa é uma etapa vencida. Nos próximos dias, será feito o anúncio oficial da composição acionária para a implantação, no município de Neves, da nova unidade da Companhia Brasileira de Semicondutores (CBS). A novidade é que, pela primeira vez, o BDMG, presidido pelo economista Matheus Cotta de Carvalho, terá participação acionária em uma empresa – algo que já é praxe no BNDES. Isso graças a uma mudança na legislação, que acendeu o sinal verde para que o BDMG possa participar como sócio também de outras iniciativas. Na fábrica de semicondutores, o banco de fomento mineiro ficará com 7% do bolo. Ainda falta bater o martelo na participação dos demais acionistas – o empresário Eike Batista e o ex-presidente da Volkswagem do Brasil, Wolfgang Sauer, da WS Consullt, além de outros mantidos em sigilo.

 

 

 

Cena repetida

 

O secretário municipal de Obras e Infraestrutura Murilo Valadares já está se reunindo com lojistas para tratar da implantação do BRT no hipercentro de Belo Horizonte, nas avenidas Paraná e Santos Dumont.

As obras terão início em abril e vão durar um ano. Os comerciantes locais já estão de cabelo em pé, com medo de que se repita o ritmo lento e caótico das obras da Savassi, e que o impacto nas vendas seja desastroso. Eles já reivindicam algumas contrapartidas para compensar as perdas, como a isenção do IPTU no período. Pesquisa do Sindilojas mostra que na Savassi a maioria das lojas (65%) teve a receita reduzida, em média, em 30%; mas grande parte (25%) chegou a perder até 60% nas vendas. É ou não motivo de preocupação?

 

 

 

Passaporte carimbado

 

Fundada por jovens cole-gas de sala do curso de Ciência da Computação da UFMG, há 11 anos, para atuar no desenvolvimento de softwares, a empresa mineira ETEG acaba de entrar para o seleto grupo de organizações brasileiras que possuem a Certificação da Melhoria de Qualidade do Software no nível C, concedido por instituição do Ministério da Ciência e Tecnologia. Em Minas, apenas seis empresas conseguiram o feito. Na prática, trata-se de um selo de qualidade com o poder de abrir as portas tanto no mercado interno, quanto lá fora. É uma espécie de carimbo no passaporte. “Até o ano que vem vamos fechar os primeiros contratos no mercado externo”, diz o diretor, Rodrigo Moreira.

 

 

 

Serão R$ 3 bilhões

 

O governo mineiro vai anunciar em breve um pacote de investimentos da ordem de R$ 3 bilhões, que serão aportados até o final da gestão de Antonio Anastasia, em 2014. Desse montante, R$ 360 milhões serão destinados à finalização das obras do Proacesso (programa de pavimentação de estradas em pequenos municípios mineiros); outros R$ 150 milhões serão empregados em programas de segurança, como o Fica Vivo; R$ 200 milhões, em projetos de infraestrutura no entorno do aeroporto de Confins, no vetor Norte; outros R$ 200 milhões, em projetos de cunho social; e pouco mais de R$ 2 bilhões restantes serão empenhados em um novo projeto, o Caminhos de Minas, que complementa o Proacesso – já que prevê também a pavimentação de estradas, mas desta vez aquelas que ligam uma cidade a outra, em todas as regiões do estado. Pela extensão e ousadia do projeto – a ideia é pavimentar quase 8 mil quilômetros de rodovias a partir deste ano –, o Caminhos de Minas já é considerado a menina dos olhos do governador Anastasia. 

 

 

 

“Hipocrisia! A pessoa já está tomando todas mesmo, na porta do estádio...."
Alencar da Silveira Júnior (PDT), deputado estadual, que já foi autor de alguns projetos contra a bebida nos estádios, e agora mudou de lado e defende a liberação do álcool durante o primeiro
tempo das partidas

 


"O único cantor 
que era melhor 
do que Agnaldo Timóteo morreu"
Agnaldo Timóteo (o próprio!), 
cantor mineiro (e vereador paulistano), 
em autoelogio que deixaria até mesmo
Narciso com inveja. Ele se referia 
a Jessé com o único cantor 
capaz de superá-lo

 

"Peguei só uma carona.Me tira dessa"
Joaquim Caprone (PPL), vereador  de Carvalhópolis (MG), esquivando-se da responsabilidade por  usar carro oficial daquele município para participar de evento do PMDB, em BH. Pegando xepa no carro oficial também estavam o presidente da Câmara de Carvalhópolis, Adilson Pereira (PTB), e até o prefeito da cidade, Gilson Ferreira (PT)

 

"Eu respeito a magistratura...o que eu não respeito são os maus juízes"
Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça, durante palestra que fez em BH.

Ela ganhou fama nos últimos meses após chamar alguns membros do Judiciário de bandidos de toga

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