Revista Encontro

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Legal e verde

Fábio Doyle
None - Foto: Divulgação

Muito diferente daquele que conhecemos, o novo Classe A (foto), que a Mercedes-Benz apresentou no Salão de Genebra do mês passado, foi motivo de suspiros de admiração. Deixou de ser o conceito monovolume/minivan do passado e está mais para um SAV compacto, como o X1 da BMW, que tanto sucesso faz no Brasil. O fabricante o define como “legal e verde – emocional no desenho, dinâmico no desempenho”, com potência de até 211 hp e muito eficiente em termos de baixa emissão de poluentes, começando com 99g de CO2 por quilômetro. É também o primeiro carro a integrar o hoje indispensável iPhone no conteúdo de tecnologia embarcada do veículo.

 

Briga por cotas

 

A Amia, associação que representa as fabricantes de veículos no México, definiu a primeira parte das cotas por montadora para exportação de veículos para o Brasil, conforme acordado pelos dois governos quando da renegociação do ACE 55, há poucas semanas. No entanto, ao contrário do esperado, a definição não ocorreu para todo o prazo programado de vigência das cotas, até 2014. Nem mesmo para o primeiro ano (2012). A divisão foi feita apenas cobrindo o período de 19 de março, início da vigência do comércio com o México por cotas, a 8 de abril – ou seja, apenas 21 dias corridos. Como as fabricantes, que pensavam em chegar a um acordo para os três próximos anos, não conseguiram consenso nem para o primeiro deles, uma solução emergencial foi necessária.

Como a entrada em vigor das cotas foi imediata e diversas unidades de várias marcas já estavam em trânsito ou na alfândega brasileira à espera de nacionalização, o acordo abrange apenas esses veículos. A briga, depois, será para definir o total restante a ser embarcado. A decisão mostra o quanto as estratégias de importação do México terão de ser revistas – e confirma que a cota definida para este ano, US$ 1,45 bilhão, é muito apertada perto do que a programação das fabricantes previra anteriormente. O valor envolvido nessa definição da Amia, de apenas 21 dias corridos, é de US$ 379,4 milhões, o que equivale a 26% da cota total válida até 18 de março de 2013. Ou seja, os fabricantes têm apenas 74% – ou pouco menos de três terços do US$ 1,45 bilhão original – da cota definida para os próximos doze meses para dividir. A briga por este bolo, ainda menor do que o inicialmente previsto, será ferrenha.

 

Exemplo de civilidade

 

eu inveja aos brasileiros que participaram do recente lançamento do Fiat Grand Siena, em Santiago, a civilidade do trânsito da capital do Chile. A cidade, que abriga 40% da população de 19 milhões de habitantes do Chile, é cortada de fora a fora por dois imensos, largos, bem cuidados e bem sinalizados túneis subterrâneos para o trânsito de veículos, o que garante a paz na superfície. Podemos dizer que é o anel rodoviário deles, que está mil anos luz à frente da nossa triste, mal cuidada, mal sinalizada e perigosa solução, também chamada de “anel rodoviário”. Isso sem falar que a cidade é servida por uma não muito grande, mas muito racional e bem distribuída, linha de metrô – todo subterrâneo, diga-se de passagem. O susto dos convidados ficou por conta de um terremoto de 5,3 graus na escala Richter ocorrido na madrugada do dia de retorno. Quase todos foram acordados com a cama chacoalhando e quadros balançando. Houve quem, no desespero, descesse 23 andares pela escada de pijama e carregando as malas. Mas foi só um susto.

As construções de Santiago usam tecnologia japonesa para enfrentar tremores de terra.

 

Mineiro na direção da Renault

 

A Renault do Brasil anuncia em breve mudanças na área de comunicação. Assume a direção de comunicação corporativa o mineiro Carlos Henrique Ferreira, um exemplo de engenheiro que sabe comunicar. Ferreira ganhou experiência (e fama) na Fiat, foi há cerca de um ano contratado pela Renault para sua assessoria de comunicação, passou por uma série de treinamentos na França, e agora assume a direção da área. Ele substitui Marinete Veloso, que, após mais de uma década à frente do setor, vai agora curtir bem merecida aposentadoria.

 

 

 

40 anos do 911 Carrera RS 2.7

 

Não há amante de automóvel que não tenha em seus sonhos um Porsche 911 (foto). O ícone alemão comemora esse ano os 40 anos do 911 Carrera RS 2.7, que teve lugar de honra na feira de carros clássicos de Essen (Alemanha) ocorrida no final de março. Foram levados do Museu da Porsche duas versões de corrida do Carrera RS: o vintage 911 Carrera RSR de 1973, com potência de 330 hp, e a última versão RSR datada de 1974, o RSR Turbo com traseira de dois metros de largura, potência de 500 hp em um motor de apenas 2,1 litros.

 

 

 

Desafio

 

Flávio Padovan (foto acima), presidente da Jaguar Land Rover do Brasil, foi eleito no mês passado presidente da Abeiva, a associação dos importadores de veículos. Sucede a José Gandini, presidente da Kia no Brasil e defensor incansável da abertura do mercado aos importados. Padovan, que fez carreira na Ford e depois na Volkswagen, sempre na área comercial, entra no barco da Abeiva com grandes desafios, em momento de grande turbulência. É forte a pressão do governo federal e das montadoras para que se aperte o cinto das importações.

 

A primeira divisão

 

Desta primeira divisão da cota saiu vencedora a Nissan. Da parcela de US$ 380 milhões, serão dela US$ 90 milhões, ou 23,5%.

O segundo maior volume de cotas ficou para a Fiat-Chrysler, US$ 83 milhões, 21,7%. Em terceiro lugar na divisão deste bolo ficou a Honda, com US$ 65,3 milhões, equivalente a 17%. Na sequência a Ford, US$ 55 milhões, 14,3%. Em seguida ficaram Volkswagen, com US$ 45 milhões, 11,7%, e General Motors, US$ 40,5 milhões, 10,5%.

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