Revista Encontro

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Elas escolheram ser mães

Guilherme Torres
None - Foto: Welton Garcia/divulgação, Júnia Garrido, Geraldo Goulart, Arquivo pessoal

“Mãe. São três letras apenas as desse nome bendito. Também o céu tem três letras e nelas cabe o infinito”.

 

O poema Mãe, de Mário Quintana, mostra ao coração o que, muitas vezes, só os olhos sabem. É a poesia em forma de mulher, sempre marcada por uma infinidade de adjetivos, de funções, de roupagens, de modos de vida, de limites e de horizontes. Mães, que antes de tudo, são mulheres – que, nos últimos anos, tiveram seu papel em casa e na sociedade totalmente modificado. Mulheres que, antes de tudo, são mães – uma condição que resistiu mesmo aos tempos mais modernos. A psicóloga especialista em relações afetivas e que prepara mestrado sobre "Modos de Ser Mãe na Contemporaneidade", Renata Feldman, conta que a relação entre mãe e filhos é permeada de significado. “Para a mãe, esta vivência singular pressupõe afeto, cuidado, sonho, realização, renúncia, responsabilidade, doação e o clássico amor incondicional.

Para o filho, a relação se traduz em confiança, encantamento, aprendizado, colo, proteção, exemplo, gratidão, início de toda uma existência”, diz a psicóloga. A verdade é que não há limite para o amor na relação entre mães e filhos. E ele surge forte em histórias como as destas oito mulheres. Histórias que são, na verdade, as de todas as mães do mundo.

 

 
 

NINGUÉM É MAIS ANIMADA

 

Eliana Aleixo Leite, 57 anos, dona de casa e ex-jogadora de vôlei

Mãe de Débora, 25 anos; de Daniela, 23, e de Helton, 21

 

A ex-jogadora de vôlei da Seleção Brasileira, Eliana Aleixo, 57 anos, planejou o momento certo para deixar as quadras e se dedicar à sua nova missão: ser mãe. Depois de 20 anos no esporte, ela programou, em 1986, a vinda da primeira filha com o marido, o ex-goleiro do Atlético e da Seleção Brasileira e hoje deputado estadual, João Leite. Débora tem hoje 25 anos. Depois, vieram Daniela e Helton. “Como no esporte é preciso abdicar, sacrificar-se, fiz a opção de ficar com eles e não trabalhar enquanto estivessem pequenos”, diz Eliana. O amor pelo esporte foi passado para as crianças, mas nunca como imposição, e sim como uma possibilidade. Dito e feito. Débora e Daniela enveredaram pelo mesmo caminho durante um período. Helton também está no esporte, mas seguindo os passos do pai: é goleiro do Ipatinga. “Sempre incentivei, mas a escolha foi deles”.

 

Débora, que saiu da casa dos pais há seis meses, quando se casou, conta que vendo a mãe, quis ser jogadora de vôlei.

“Ela me influenciou bastante no começo. Fui para a escolinha do Minas e logo me destaquei. Ela sempre me acompanhava e todos os técnicos a conheciam. Depois, resolvi jogar nos Estados Unidos e fazer faculdade”, diz. Algumas das melhores lembranças ao lado da mãe foram durante as viagens. “Ela é muito empolgada e animada. A gente faz de tudo. Minha mãe vira uma criança na Disney”, conta Débora, destacando que quando ela ou os irmãos ficam doentes, Eliana “não desgruda”. Daniela Aleixo está casada há dois meses. Aos 16 anos já estava na Seleção de Ginástica Rítmica em Vitória e, hoje, é treinadora.
“Nunca senti minha mãe ausente. Até mesmo quando eu morava em outra cidade ou depois de ter me casado, ela sempre esteve presente. Antes de qualquer competição eu tinha de falar com ela”. Helton, o caçula, não mora com mãe desde 2007, para se dedicar à carreira de jogador de futebol. “Ela preferia que eu fosse para o vôlei, mas me apoiou quando tomei a decisão de jogar apenas o futebol”, diz Helton.
 

"Fiz a opção de ficar com eles e não trabalhar enquanto estivessem pequenos", diz Eliana Aleixo, ao lado dos três filhos
 

A MÉDICA OBSTINADA

 

Márcia Salvador Géo, 49 anos, médica ginecologista e obstetra

Mãe de Lara, 18 anos, Lívia, 17, e Guy, 15

 

Depois de se formar em medicina, com especialização, residência médica e pós-graduação no exterior, Márcia Salvador Géo planejou com o marido, Flávio Géo, ter três filhos. E assim aconteceu. Primeiro veio uma menina, Lara; no ano seguinte, Lívia; depois de dois anos, em 1996, chegou o caçula, Guy. Tranquila, Márcia conta que está em paz, mesmo vivendo em uma casa com três adolescentes “ligados nos 220 volts”. “É uma relação muito boa, baseada em conversa, mas sempre há choques. Eles estão descobrindo o mundo e isso me preocupa um pouco. Lara e Lívia já fizeram intercâmbio. A mais velha acabou de tirar carteira de motorista e está ficando independente”. Márcia diz que as idades em que eles estão é sempre melhor do que a anterior. “A fase mais crítica? Quando eles eram pequenos. Eu trabalho muito e minha vida era bem corrida naquela época”, relembra.

 

Lara diz que a mãe é um exemplo e espelho para o futuro. “Nossa relação é muito boa, tenho total confiança em falar tudo que sinto. Eu estou fazendo cursinho para tentar ingressar na faculdade de medicina, assim como minha mãe. A paixão dela pela profissão e toda a dedicação que vejo nela me motivam a seguir os seus passos”.  A grande qualidade da mãe ela tem na ponta da língua: determinação em tudo que faz. “É também um pouco explosiva”, brinca. Lívia, a filha do meio, ressalta que Márcia é exemplo de mãe e grande profissional. Por isso, também quer seguir a mesma carreira. “Nesse ano de vestibular, sua presença tem sido essencial em cada momento. Somos muito amigas, mas ela é teimosa e às vezes, quando está errada, demora um pouco para reconhecer”, diz. Como as irmãs, Guy considera uma sorte ter Márcia como mãe, sempre persistente, trabalhadora e guerreira. “Mas ela também cobra muito de nós três, em todos os sentidos. Às vezes, até de forma exagerada. Mas é tudo para o nosso bem, então a gente entende”, brinca.

 A médica Márcia Salvador Géo, com os três filhos: “Eles estão descobrindo o mundo e isso me preocupa um pouco”
 

UMA MULHER DE CORAGEM

 

Regina Salomão, empresária de moda, 61 anos
Mãe de Cristina, 41 anos, Daniela, 39, Marcelo, 36, e Patrícia, 33

 

Até os 40 anos, Regina Salomão era uma dona de casa sem grandes pretensões. Entre os afazeres domésticos, ela gostava de costurar para a família e começou a fazer camisas sob encomenda para ajudar a filha mais velha, Cristina, na época com 19 anos e estudante de psicologia, a ganhar um dinheiro extra. O dom da mãe despertou o olhar ousado da filha, que quis dar uma reviravolta na situação financeira da família.

 

Foi então que ela propôs que abrissem uma empresa. Regina topou e hoje comemora 20 anos da marca Regina Salomão, grife mineira que fabrica 40 mil peças por coleção, com duas lojas em São Paulo e duas em BH. “Quando penso em minha mãe, a primeira coisa a que a associo é a uma mulher guerreira, que coloca o coração em tudo que faz e não tem medo de ser feliz. É antenada, preocupada com o próximo. Muito divertida, muito alto astral. Para ela não tem nada ruim, e isso torna as coisas bem mais leves, mesmo nas situações mais adversas”, conta Cristina.

 

Daniela, a filha do meio, conta que a referência que tem da mãe é a alegria de viver. “É uma pessoa de espírito jovem, positiva, que tem a capacidade de ver a coisas sempre com uma ótica alegre. Isso é bom para a gente e mais ainda para ela, que consegue se manter serena, bonita, além de atrair pessoas boas no entorno”. Acreditar nas pessoas e ajudar o outro sem esperar algo em troca são outras características de Regina. “Ela acredita que todo mundo é bom. Fez das grandes dificuldades trampolins para a vitória – e foi assim que ela venceu e se tornou a base de tudo. A coragem que teve é para poucos. Imagine, aos 40 anos, peitar essa mudança radical?”

 

Patrícia, a filha caçula, se emociona ao falar da mãe: “É uma pessoa mágica e me ensinou muitos valores. Mesmo com o sucesso de hoje, faz questão de lembrar que a vida não é fácil, mas que podemos vencer. Ela é um orgulho sem tamanho para todos nós”, afirma.
 

Daniela, Patrícia e Cristina e mãe, Regina Salomão: ela esbanja alegria de viver e é uma guerreira
 

TODO DIA É UMA FESTA

 

Macaé Evaristo, professora, assistente social e secretária municipal
de Educação, 47 anos - Mãe de Mariana, 24 anos, e Marina, 22

 

Quando Macaé Evaristo se tornou mãe pela primeira vez, há 24 anos, ela sabia que esse seria mais um (feliz) desafio em sua vida. Para não abandonar os estudos, teve de deixar a filha, Mariana, aos cuidados da mãe em sua cidade natal no interior de Minas, enquanto ficava na capital. Depois de dois anos veio Marina. Na mesma situação, Macaé também deixou a segunda filha com a mãe, e toda semana ela ou o marido viajavam para ver as crianças. “Ser mãe muda tudo na vida da gente, não tem como ficar indiferente. A maternidade ensina outra forma de ver e lidar com o mundo. Ensina a ser mais paciente, a aceitar melhor as diferenças e vencer limites”. Ela diz que apesar dessa distância, conseguiu acompanhar o crescimento das filhas, que só foram morar com ela quando Mariana tinha 8 anos e Marina, 6. “Acompanhei e amei todas as fases das minhas filhas. Quando eram crianças, eu fazia programas de criança, quando ficaram adolescentes, eu também tentei acompanhar”, relembra.

 

Hoje, a mãe segue a linha educadora da escola também em casa. Gosta de conversar e dar liberdade para que elas experimentem todas as fases da juventude. Estudante de direito, Mariana define sua mãe: “É uma mulher que enfrentou muitas dificuldades na vida, teve de ajudar em casa, estudar, fazer faculdade, passar em concurso para professora e, ainda, vencer o preconceito racial”. Romper barreiras é o grande talento de Macaé para a filha, que ainda afirma que a mãe, mesmo com todos os problemas, tornou-se uma pessoa alegre e contagiante. “Minha mãe é muito amiga, gosta de compartilhar as histórias de vida dela. Não se deixa abater por nada”. Devido ao trabalho e estudos, Macaé teve outros momentos de ausência, quando as filhas ainda eram pequenas – ela passava temporadas em outros estados para dar cursos de formação a professores indígenas. “Ficávamos mais com meu pai, mas o laço com mãe é muito forte. Todos os dias são uma festa”.

Macaé Evaristo, entre as filhas Marina e Mariana: " A maternidade ensina outra forma de ver e lidar com o mundo. Ensina a ser mais paciente, a aceitar melhor as diferenças e a vencer limites”
 

A COMPANHEIRA PERFEITA

 

Mônica Veloso, jornalista e apresentadora da TV Alterosa, 43 anos
Mãe de Luíza, 15 anos, e Catharina, 7

 

“A experiência da maternidade transforma completamente a mulher, e comigo não foi diferente”, diz Mônica Veloso. Para ela, depois desse momento, não existe mais aquele pensamento individualista que é normal do ser humano. “Nasce um ser que precisa de você para absolutamente tudo e por muito tempo”, diz. Ela se preocupa com a saúde, a educação, o ideal de formar uma pessoa boa, com os limites, a forma correta de lidar com suas duas filhas: “Antes de ter filhos, só nos preocupamos com a gente, com os pais, com os amigos; o amor de mãe não tem nada igual no mundo. Não há nada tão incondicional”.

 

Mônica, que cria sozinha as duas filhas (Luíza, 15 anos, é filha do empresário Wellington Silveira, e Catharina, 7 anos, do senador Renan Calheiros, ambos moradores de Brasília), mantém-se conectada com a dupla o tempo inteiro. “Meu cuidado com minhas filhas é full time. Quando não estamos juntas, ficamos na internet trocando mensagens e conselhos”, diz. A filha mais velha de Mônica, Luíza, conta que a mãe é superantenada em moda e tecnologia: “Ela gosta muito de novidades, sempre está lendo revistas para ficar por dentro de tudo”. Mãe e filhas podem ser vistas em BH fazendo compras em shoppings, no cinema ou em um restaurante da moda. “Ela é muito perseverante e perfeccionista”, diz Luíza. No começo, os amigos da escola achavam diferente ela ter uma mãe que aparece na televisão e nas revistas. “Eu já acho normal e engraçado. Ela sempre me pede alguma dica para melhorar o programa, pergunta se a roupa estava bonita, se as matérias que apresentou foram legais. Quero fazer televisão como ela, mas não penso em ser jornalista”. Para Catharina, a mãe é uma companheira perfeita, mas é firme quando precisa: “Ela só pega no pé para o meu bem. Quando não faço o dever de casa ou enrolo muito na escola”. Mônica observa tudo com atenção e ri da sinceridade das filhas. Amor de mãe é assim.

Mônica Veloso, com Luíza (esq.) e Catharina, filha do senador Renan Calheiros: "Quando não estamos juntas, ficamos na internet trocando mensagens e conselhos"
 

RITMO ACELERADO ATÉ NA GRAVIDEZ

 

Maria Coeli Simões Pires, secretária da Casa Civil e das Relações Institucionais do governo de Minas
Mãe de Alexandre, 35 anos, e Christiano, 30

 

Muito aplicada e responsável ao extremo, Maria Coeli Pires soube muito bem conjugar a vida familiar com o trabalho no setor público, sempre em cargos importantes. A secretária estadual da Casa Civil e das Relações Institucionais nem por isso se viu diante do dilema de não dedicar todo o seu tempo à casa, ao marido e aos filhos: “O sentimento de maternidade floresceu em mim antes mesmo da chegada de meus filhos. Ainda no início da gravidez do meu primeiro filho, vendo meu corpo mudar bastante, logo fui compensada pela sensação de absoluta cumplicidade com a vida”, diz.

 

A advogada trabalhou em ritmo acelerado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, onde exerceu o cargo de procuradora, até que nasceu Charles Alexandre, o Xande. “Ele foi o primeiro filho, primeiro neto da minha família, primeiro sobrinho, um presente para todos”.

 

Quando Alexandre tinha 4 anos, Maria Coeli engravidou de Christiano. “Embora eu já fosse mais experiente, a missão duplicada concorreu com uma fase crucial do meu trabalho e de estudos. Não foi tarefa fácil”, diz. Charles Alexandre, médico, conta que a mãe sempre foi vigilante para acompanhar a formação dos filhos: “Ela sempre me ensinou a assumir as consequências das minhas escolhas”.

 

Christiano, advogado como a mãe e compositor, define Maria Coeli como uma pessoa ocupada, mas sempre atenciosa e disponível: “Ela é uma artista, alguém que busca aguçar sua visão de mundo, que transforma as suas dificuldades em lições”.
 

A secretária da Casa Civil, Maria Coeli, e os filhos Alexandre e Christiano (dir.): "Fui compensada pela sensação de absoluta cumplicidade"
 

A MATERNIDADE VEIO MUITO CEDO

 

Viviane Tonussi, administradora, 37 anos
Mãe de Thaís Laporti, 20 anos, Rennzo Tonussi, 4

 

Uma menina ainda, aos 17 anos, Viviane engravidou da primeira filha, Thaís, hoje com 20 anos, e teve de encarar a nova e difícil fase da vida, no momento em que suas amigas se divertiam e tinham tempo para tudo. Com o apoio dos pais, a maternidade precoce, que parecia assustadora, transformou-se em grande aprendizado para a vida. “Mudou tudo, mas só para melhor, pois é uma experiência maravilhosa. Só quem passou por isso pode saber o que estou dizendo”, diz Viviane. Quatro anos depois ela se casou com Roney Tonussi, com quem teve o filho Rennzo, hoje com 4 anos. “Eu já estava mais madura, com 28 anos, e tive a experiência de ser mãe renovada. Hoje, tenho dois filhos em mundos diferentes. Eu digo que são filhos ‘únicos’, já que Thaís é adulta e Rennzo, uma criança. Mas consigo entender e participar da vida deles de forma igual”.

 

Viviane gosta tanto do papel de mãe que não encara a rotina dos compromissos que ele traz como tarefa árdua. Por isso mesmo, Thaís, estudante de direito, define a mãe como uma mulher forte e moderna. “Ela trabalha, cuida da gente, da casa, de tudo”. A hora do jantar é sagrada para Viviane. “Minha mãe adora esse momento, porque é a hora de todos falarmos do dia, das alegrias, dos problemas, sem pressa, sem hora para terminar”, conta Thaís, que elogia o estilo moderno da mãe ao se vestir. “Ela gosta de chamar atenção”, diz. Apesar da pouca idade, Rennzo já entende a doação da mãe: “Ela me cria, me educa, me ensina muita coisa. O jeito sempre alegre de falar é o que mais gosto nela”.

A empresária Viviane Tonussi: " Tenho dois filhos em mundos diferentes, mas consigo entender e participar da vida deles de forma igual”
 

ELA LUTOU PARA SER MÃE

 

Márcia Carvalhaes, arquiteta, 52 anos
Mãe de Eduarda, 22 anos, e Pedro, 17

 

“Sempre quis ter filho, era a prioridade da minha vida”, diz a arquiteta Márcia Carvalhaes sobre o sonho da maternidade. Para isso, aos 25 anos ela começou a correr atrás do sonho. “Correr atrás”, diz, “porque tinha dificuldades para engravidar”. Obstinada, fez tratamento médico durante cinco anos, até ganhar o primeiro e grande presente de sua vida: a filha Eduarda, hoje com 22 anos. “Foi uma gravidez que eu curti muito. Eu me achava muito linda barriguda”, diz.

 

Quando Eduarda completou 3 anos, Márcia e o marido, Milton Carvalhaes, foram buscar outra conquista, o segundo filho. Mais dois anos de tratamento até a chegada de Pedro. “Com os dois, o tempo apertou, eu já era uma profissional reconhecida e tinha uma criança de 5 anos e outra recém-nascida. Mas nunca pensei em abrir mão do meu trabalho e nem dos meus filhos”.

 

Eduarda diz que a mãe superou todos os problemas com muito amor e dedicação: “Ela é um exemplo de vida que me leva a correr atrás de todos os meus sonhos, independentemente das dificuldades que encontrar pelo caminho”. E conta que entre elas há um laço especial: “Ela me deu liberdade e atenção. Somos grandes confidentes”. Márcia cria os filhos para serem independentes, mas está sempre marcando presença, seja em ligações, e-mails, torpedos ou os “espiando” nas redes sociais.

 

Pedro, que está longe da mãe há quase um ano por causa do intercâmbio no Canadá, diz que Márcia é uma mulher independente, moderna e batalhadora: “Ela consegue conciliar o casamento, os filhos, ser bem-sucedida no trabalho e ainda consegue arrumar um tempo só para ela. Acho isso fenomenal”.

A arquiteta Márcia Carvalhaes com a filha Eduarda (o filho, Pedro, em foto no computador, está no Canadá), de quem curtiu a gravidez: "Eu me achava muito linda, barriguda"
 

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