O inverno está chegando, e para aquecer o seu bichinho de estimação, o mercado pet já exibe algumas charmosas opções. A principal delas é o bom senso: nada de exageros, pois agasalhar em excesso os animais pode fazer tão mal quanto o frio. Depois, vem a moda. Para os pet boys, as tendências são o blusão de malha com capuz, as jaquetas flaneladas e o suéter de lã com forro de malha, próprios para os dias mais frios. Se a temperatura ficar amena, vale conferir as camisetas soft confeccionadas em malhas bem quentinhas e as sofisticadas camisas xadrez. As capinhas chegam com força total na coleção outono/inverno, em material sintético, acolchoadas e com dupla face, dando um visual fashion à bicharada, além de proporcionar mais mobilidade para correr e brincar.
A economista Maria Isabel Junqueira apostou na tendência. “No frio, tento agasalhar o Guga, meu maltês de 6 anos, com uma capinha em tecido plush, que é macia. À noite o cobrimos com uma cobertinha de pelúcia.
Maria Isabel evita exageros com o maltês Guga: “Comprei uma capinha" |
A shih tzu Maria Clara é vaidosa: “Ela adora roupas", diz Laura Bittencourt |
Elas são perfeitas para pequerruchas que, como Maria Clara, shih tzu de 7 anos, adoram incrementar o visual. “Ela é vaidosa e gosta de acessórios. Mas compramos as peças observando sempre o clima da estação”, afirma a assistente social Laura Souto Bittencourt. Outro que não fica atrás quando o assunto é andar na moda é o yorkshire Juquinha, de 8 anos, que tem um belo guarda-roupa. “Ele só sai bem vestido e ama entrar em uma roupinha nova. Até já estreou uns modelitos para o inverno”, conta a publicitária Daniela César.
Com a chegada do frio, pet shops como a Pet Dog Dog tiveram suas vendas aumentadas em 30%. “Os proprietários investem em produtos que vão de R$ 70 a R$ 250. Temos uma grande procura por roupas, edredons, cobertores, capas de chuva e cabanas fechadas”, afirma a empresária Fernanda Scarpelli. No entanto, os veterinários fazem um alerta antes de agasalhar os animais. “É muito importante observar o limite dos bichos. Eles não podem ficar sufocados pelo excesso de roupas. Ao contrário de ajudá-los, pode causar grande desconforto”, alerta a veterinária Maristela Pimentel, da Clínica Veterinária São Geraldo.
Por isso é fundamental observar se os pets estão seguindo esta linha. A advogada aposentada Lúcia Ferraz segue à risca o conselho. Tanto que Bartolomeu, um shih tzu de 10 anos, e seu filhote, Frodo, de 6 anos, raramente usam roupas. “Não tenho o hábito de mantê-los vestidos, porque gosto que fiquem mais à vontade. Mas neste inverno achei necessário comprar algumas peças para protegê-los”, conta Lúcia.
A advogada Lúcia Ferraz aquece seus dois shih tzu com cautela: “ Em tempo de calor, gosto que o Bartolomeu e o Frodo fiquem bem à vontade. Mas, no frio, compro algumas roupinhas” |
Tayla e Guga deixam Rosimeiri preocupada: “Trato logo de protegê-las” |
Conhecer as características de cada raça também faz a diferença. Cães peludos dispensam o uso de muitas roupas, pois sentem calor naturalmente. Cachorro obeso dispensa agasalhos (são aquecidos pela própria gordura do corpo). Obrigá-los a usar roupa de frio pode levar à hipertermia (aumento da temperatura corporal).
Para ter certeza se os pets estão com frio, o segredo é observá-los. Cão com orelhas e patas frias e ataque de tremedeira precisa ser aquecido. Mas sem prejudicar os movimentos. E se não aceitarem ser vestidos, não insista. Compense-os com uma caminha quentinha. Além disso, fique alerta. Tecidos sintéticos e de lã tendem a provocar alergias. “A qualquer sintoma de coceira ou dermatite, suspenda o uso das roupas e dê preferência a tecidos de algodão e malha”, diz Adriane Pimenta da Costa Val Bicalho, professora da Escola de Veterinária da UFMG. Afinal, nesta e nas outras estações, o importante é garantir o conforto e a saúde do seu bichinho de estimação.