Programada para novembro, a restauração do painel de Portinari, instalado no primeiro piso do Palácio dos Despachos, será transformada numa exposição temporária aberta ao público. O presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo Lima Pereira, que neste momento enfrenta o desafio de transformar a antiga sede administrativa do governo do estado num espaço de beleza para abrigar a casa de cultura, explica: “Será um restauro lento, para uma exposição que se estenderá por seis meses”. Além do acesso de estudantes de escolas públicas e privadas, e de amantes da arte e da cultura, a restauração da obra será uma oportunidade para que as pessoas identifiquem o novo espaço que sediará a Casa Fiat de Cultura. O Palácio dos Despachos foi cedido em comodato por 30 anos pelo governo do estado à Fiat. “Assumimos a custódia do palácio e o painel ficará sob a nossa guarda”, afirma José Eduardo Lima Pereira.
Missas e concertos
O valor do investimento na adaptação do Palácio dos Despachos e seus jardins para a transferência da sede da Casa Fiat de Cultura ainda não está definido. “É prematuro. A cada dia, a realidade se altera”, diz José Eduardo Lima Pereira. A destinação da sede do Belvedere, que só com as exposições A Vida e os Imperadores de Roma, Caravaggio e De Chirico atraíram um público de mais de 300 mil pessoas, ainda está em discussão.
Barroco e copa
O ano da Copa também será tempo do bicentenário da imortalidade de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Com poucas informações sobre a vida pessoal do artista, que deixou em Minas um extraordinário legado do barroco, sabe-se que a sua morte ocorreu em 18 de novembro de 1814. Nesse sentido, o projeto de lei do presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro (PSDB), não apenas institui o ano das comemorações tomando como marco temporal o dia de sua morte, como constitui um grupo de estudos para planejar as comemorações que divulgarão a arte mineira para o mundo também nos eventos da Copa em Belo Horizonte.
Recondução
Mais votada na lista tríplice da categoria, Andréa Abritta GarzonTonet foi reconduzida para a chefia da Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais. Depois da posse no Palácio Tiradentes, recebeu os cumprimentos em coquetel prestigiado por Antonio Anastasia, defensores, promotores e procuradores, juízes e amigos.
Jejum à mineira
Depois de uma longa espera, tomou posse no Superior Tribunal de Justiça (STJ) Assusete Magalhães, de 63 anos, para a vaga aberta com a aposentadoria do ministro carioca Aldir Passarinho Júnior. Na última década, foram aposentados oito ministros mineiros no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Apenas três haviam sido nomeados – Arnaldo Esteves Lima, Sebastião dos Reis Júnior e João Otávio de Noronha –, embora nesse período muitos mineiros tenham integrado as listas tríplices encaminhadas ao presidente da República para nomeação. A própria Assusete nelas figurou, nos últimos anos, três vezes. “Quebramos um longo jejum”, diz Assusete. Ex-presidente do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, Assusete mora em Brasília, mas mantém casa em Belo Horizonte. “Como diria Guimarães Rosa, o real não se apresenta nem na saída nem na chegada, mas no meio da travessia. Em Minas nasci, estudei, constituí família. Comecei a minha vida profissional como magistrada federal. E não estaria hoje nessa trajetória não fosse o apoio irrestrito que tive de todos os segmentos e em todas as esferas de Minas”, afirma, agora, a sétima mulher a integrar em caráter permanente o STJ.
Homicídios em queda
Os números da violência ainda estão em patamar elevado.
Paz entre as polícias
Sob a batuta de Rômulo Ferraz, o processo de integração entre as Polícias Civil e Militar, que esteve em crise no início deste ano, volta a caminhar: registra-se maior número de operações conjuntas no monitoramento diário de crimes violentos e na política de prevenção. “A criminalidade tende a diminuir com a retomada dos projetos de prevenção e a atuação próxima entre as polícias”, afirma Rômulo, em referência à implantação de 10 novos núcleos do Fica Vivo nos próximos 12 meses, sobretudo na Região Metropolitana de BH. Nos próximos três anos, a Secretaria de Estado de Defesa Social terá investimentos do BID e BNDES de R$ 340 milhões. Na pauta: aquisição de mil viaturas, construção de 15 presídios e implantação de tornozeleiras.
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