Revista Encontro

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Tapetes históricos

Simone Dutra
None - Foto: Cláudio Cunha, Eugênio Gurgel

Uma tradição de mais de 200 anos merece ser mais valorizada e preservada. E cenas como a dos tapetes de serragem montados na alameda das Palmeiras, na Praça da Liberdade, região Centro-Sul de Belo Horizonte, poderiam ser mais recorrentes na capital. Eles enfeitaram o Dia do Patrimônio Histórico (18 de agosto) e serviram para que muitas pessoas que desconhecem a arte pudessem apreciar a beleza artesanal que veio para o Brasil pelas mãos de portugueses durante o período colonial. A histórica Ouro Preto, mais uma vez, foi a protagonista dessa história, já que foi por aquelas ladeiras que os tapetes estrearam no estado durante a festa do Triunfo Eucarístico, em 1773, em comemoração ao retorno da imagem do Santíssimo Sacramento à Matriz do Pilar, depois de passar por uma reforma. De lá para cá, os cortejos da Semana Santa e do Corpus Christi em cidades como Mariana, São João del-Rei e Sabará, além do município ouro-pretano, passaram a ser enfeitados pelos tapetes, confeccionados com pétalas de rosas, folhas, pó de café, cal, farinha de trigo e serragem colorida, entre outros materiais.

 

Contra caminhões

 

 
 

Quem tem o costume de passar pela avenida Nossa Senhora do Carmo, sentido centro, no bairro Sion, região Centro-Sul de Belo Horizonte, próximo ao trevo do Belvedere, deve estar se perguntando: “Para que instalar um radar a poucos metros de outro”? A justificativa é plausível, até porque a ideia é coibir a ocorrência de novas tragédias, como a do dia 6 de junho deste ano – que matou três pessoas, depois que uma carreta carregada de bobinas arrastou vários carros, na altura da avenida Uruguai. Até o fechamento desta edição, a BHTrans, responsável pela instalação do aparelho, não revelou quando ele será ativado, mas o certo é que o olho eletrônico vai flagrar possíveis caminhões que insistam em descer a via, ignorando as placas de retorno e a proibição de circulação de veículos com mais de cinco toneladas nas 24 horas do dia.

 

Ainda resiste

 

 
 

Belo Horizonte, esta grande metrópole, ainda conserva, felizmente, traços que fazem a sinapse com o antigo. E esses traços estão no dia a dia dos moradores. Basta um olhar mais apurado e é possível apreciar a bela arquitetura da cidade, especialmente a que retrata o estilo art déco, que teve seu apogeu na década de 1940.

Prédios como o antigo Cine Brasil, na Praça Sete; o tradicional Balança Mais Não Cai, na rua Tupis; e edifícios residenciais ou comerciais menores, como este da rua Timbiras, todos tombados pelo Patrimônio Histórico Municipal, são bons exemplos. Para o professor Leonardo Castriota, da Escola de Arquitetura da UFMG, o estilo art déco passou a ser considerado digno de preservação só a partir da década de 1990. “É um estilo muito apurado, que tem como uma das características marcantes as varandas geométricas”, diz o arquiteto. Então, vale a pena conferir!

 

Eleições cara suja

 

 
 

É só começar o período eleitoral para a cidade mudar de cara e ficar mais suja e feia. Santinhos e panfletos em profusão jogados nas ruas e nas calçadas, muros tomados por cartazes, e agora os canteiros de jardins de avenidas e outras vias públicas repletos de cavaletes com as propagandas dos candidatos. Para tentar amenizar a poluição gerada pelas eleições, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) criou a campanha Sujeira Não É Legal, com regras sobre o período eleitoral. No endereço www.campanhasemsujeira.tre-mg.jus.br, é possível ter acesso à proposta e ficar de olho se o seu candidato está ou não dentro da lei. 

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