Por trás das estruturas de campanha, as famílias dos candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte trabalharam unidas. Filhos pediram votos. Netos deram alento.
Já as mulheres, além de irem para as ruas, ainda se preocuparam em transformar as casas em “ilhas” de refúgio para seus maridos.
De corpo e alma
“O meu trabalho foi dividido em duas frentes. Uma, manter a família aconchegada. Na outra, participar de eventos de campanha e com formadores de opinião”, explica a psicóloga Regina Lacerda (foto), 62 anos, casada há 38 com o prefeito Marcio Lacerda (PSB), que concorreu à reeleição. Ao mesmo tempo que o filho Gabriel de Lacerda, sócio- diretor da produtora Gullane Filmes, sediada em São Paulo, se licenciou do trabalho para acompanhar a produção da propaganda política da campanha, Tiago de Lacerda acompanhou o pai em todos os eventos e participou das reuniões de política estratégica. Terceira filha e mãe de gêmeos, a advogada Juliana de Lacerda não perdeu as reuniões de voluntários e as atividades do comitê na hora do almoço e no fim de semana.
Voto a voto
Casada há 33 anos com Patrus Ananias (PT), candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, a professora universitária Vera Victer (foto), 58 anos, buscou voto por voto em todas as atividades de campanha. Desde a mobilização de professores, de movimentos sociais e de formadores de opinião à panfletagem e aos bandeiraços, ela estava em todas.
Eleição consciente
Depois de incorporada pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha Voto Consciente ganhou a mídia nacional. Produzida pelo Núcleo de Estudos Sociopolíticos (Nesp) da PUC Minas e pela Arquidiocese de Belo Horizonte, foi coordenada pelo sociólogo Robson Sávio Reis Souza (foto, à esq.). Foram vários vídeos, spots para rádios e textos com orientações para o voto limpo. “A CNBB faz valer a tradição de sempre dar sua contribuição nas campanhas eleitorais, com orientações aos seus fiéis e a todos os cidadãos, firmadas na ética e na cidadania à luz do Evangelho”, diz Dom Joaquim Mol Guimarães (foto, à dir.), bispo auxiliar de Belo Horizonte e reitor da PUC Minas.
Queda de braço
Quatro candidaturas postas disputam a preferência no colégio eleitoral de mil promotores e procuradores de justiça em atividade no estado para comandar a Procuradoria Geral de Justiça de Minas Gerais. O grupo político no comando do Ministério Público de Minas Gerais há oito anos, nesta eleição, sai dividido: lançaram-se Carlos André Mariani Bittencourt e Rogério Filippetto de Oliveira. O primeiro leva o apoio formal do procurador geral de Justiça, Alceu Torres Marques, e do ex-procurador geral Jarbas Soares. Com o respaldo do secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, e do presidente da Associação Mineira do Ministério Público, Nedens Ulisses Freire Vieira, disputa Antônio Sérgio Tonet. A quarta candidatura posta é a da procuradora de Justiça Gisela Potério Santos Saldanha. A eleição será em 5 e 6 de novembro.
Vistos à vista
Vença Barack Obama ou o republicano Mitt Rommney, a política de atração de turistas brasileiros se manterá e, no médio prazo, converge para o fim da exigência do visto.
O príncipe herdeiro da Dinamarca, Frederik André Henrik Christian, e a princesa Mary Elizabeth estiveram em Minas, para a reinauguração da Gruta da Lapinha. Em Lagoa Santa, foram homenageados com um almoço pelo vice-governador, Alberto Pinto Coelho, e condecorados com a Medalha Peter Lund. O casal real também jantou no Palácio da Liberdade com o governador Anastasia. |