Não é à toa que o nome científico da banana é Musa spp.: barata, fácil de ser encontrada, não sazonal, com alto valor nutritivo e muito, muito saborosa, a fruta tem tudo para inspirar artistas – e não só os gastronômicos, como provou o ícone da pop art Andy Warhol. Figurinha carimbada em sobremesas, a fruta também é capaz de estrelar pratos principais acompanhando massas, carnes vermelhas, frutos do mar e misturas à base de queijo.
Na Sorriso Risoteria & Café, o risoto com a fruta é um dos mais pedidos na casa. “São mais de 40 opções e o de banana-da-terra com bacon crocante está entre os ‘10 mais’. Banana vai bem com tudo! Nesse caso, combinada com um ingrediente de sabor forte como o bacon, torna o prato mais leve, faz um contrapeso. A mistura agridoce é muito interessante”, afirma Duda Siqueira, um dos proprietários do restaurante.
Segundo Leandro Pimenta, chef do The L.A.B Gastronomia, a banana é um ingrediente universal: várias são as culturas que a têm como parte de seus pratos típicos, a exemplo da banana caramelizada chinesa, do combinado cubano de filé e banana frita ou da banana split, sobremesa americanizada sucesso nos anos 1980. Apesar da “globalização” do consumo, a fruta é mesmo símbolo das terras tropicais, já que a maioria das suas variedades – quase 1 mil entre espécies cultivadas e selvagens – prefere solos localizados em países de clima quente e úmido.
No Brasil, os tipos mais comuns são a banana-nanica, a banana-ouro, a banana-maçã, a banana-prata e a banana-da-terra; na mão de conhecedores, as diferentes características de cada variação podem ser exploradas das mais diversas formas. “A banana-da-terra é uma fruta que, mesmo madura, mantém a consistência e pode ser cozida sem se desmanchar. Já a caturra possui um adocicado mais forte.