A Renault fechou seu ano de lançamentos no Brasil atacando nos dois extremos. Quase simultaneamente, apresentou em novembro, no Rio de Janeiro, a nova geração de seu modelo de entrada, o Clio, e aproveitando o sucesso do motor Renault na Fórmula 1, fez, em Indaiatuba/SP, sua primeira investida no país no segmento dos esportivos, com o Fluence GT, um esportivo para além da aparência.
O Fluence GT tem motor 2.0 16V turbo com 180 cv de potência. E apesar de a relação da Renault com os motores turbo não ser de hoje – a marca francesa foi a primeira na Fórmula 1, em 1977, a usar essa tecnologia –, trata-se do primeiro automóvel turbo da marca comercializado no país e também o primeiro a trazer a assinatura da Renault Sport.
“O segmento de sedãs médios foi dos que mais cresceram no Brasil em 2011 e 2012. Apesar da variedade de modelos atualmente disponível, a maioria oferece apenas look esportivo, sem significativas alterações mecânicas, o que não é o caso do Fluence GT”, explica Frédéric Posez, diretor de marketing da Renault do Brasil. O Fluence GT tem preço sugerido de R$ 79.370, que Posez considera extremamente competitivo pelas qualidades e equipamentos de série oferecidos nesta versão.
O sedã é empurrado por um propulsor turboalimentado de quatro cilindros em linha, capaz de desenvolver a potência máxima de 180 cv a 5.500 rpm – é o mesmo propulsor do Mégane GT europeu. A velocidade máxima divulgada é de 220 km/h e são apenas 8 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h. A personalidade esportiva do Fluence GT passou também pela utilização de pneus apropriados (205/55 R17) e todo o sistema de suspensão e amortecedores foi calibrado para responder à esportividade sem perder o conforto na cidade, garante o fabricante. A direção é elétrica, com assistência variável.
No campo da segurança, o Fluence GT traz controle de estabilidade ESP e de tração ASR.
Com o lançamento oficial do Renault Clio, a marca manda um recado à concorrência e aos consumidores: ela quer abocanhar uma fatia maior do mercado dos chamados hatches de entrada. São os carros mais populares do mercado e que representam 20% do total de vendas de veículos de passeio no país. As principais características estão no consumo e no design.
Em relação ao visual, a novidade fica por conta dos kits de personalização, que podem sem aplicados no capô, teto e tampa traseira. São estes os conjuntos que a marca oferece: sport, look e os adesivos, que algumas montadoras já aderiram, como as listras de gosto duvidoso. A outra opção é para dar um tapa no visual interno, no painel. A ideia é conferir ao carro uma cara mais esportiva e atingir o público-alvo da marca: jovens solteiros e universitários, de 26 a 35 anos. Portanto, os valores de venda também são competitivos e variam de R$ 23.290 a R$ 24.950, sendo que o ar-condicionado sai por R$ 2,5 mil.
O motor é o 1.0 16V Hi-Power e vem com a nota A do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, que atesta o modelo de melhor nível de consumo de combustível da categoria. Outra vantagem alardeada é a garantia de três anos ou 100 mil km, inédita entre os subcompactos.
“Em 2011, mais de 513 mil unidades dos 2,9 milhões veículos de passeios vendidos no país foram de modelos do segmento B Hatch de Entrada”, explica Schmidt. Nas versões Authentique (2 ou 4 portas) e Expression (4 portas), o Clio oferece conforto interno razoável, e, quando o motorista for experimentá-lo, deve ter sempre em mente que se trata de um carro popular; por isso, não dá para exigir demais de alguns aspectos. Para quem pensou no airbag ou nos freios ABS, esqueça – o modelo não possui, o que leva a uma desvalorização a partir de 2014, quando todos os carros fabricados no Brasil terão os itens como obrigatórios.
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