Revista Encontro

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Ainda mais belo

João Paulo Martins
None - Foto: Léo Araujo

A antiga sede da Fazenda do Leitão, fundada por volta de 1883 no arraial de Curral del Rei, transformou-se no Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB), em 1943, e é hoje um dos cartões-postais de Belo Horizonte, além de ter em seu acervo – composto por mais de 70 mil peças – fragmentos da construção e evolução da capital. Situado entre a avenida Prudente de Morais e a rua Bernardo Mascarenhas, o local passa por obras de revitalização que só estão sendo possíveis graças à Associação dos Amigos do Museu Histórico Abílio Barreto (AAMHAB), fundada em 1994.

 

 
 

Desde o ano passado a associação recebe doações para o projeto Aprimoramento da Infraestrutura do MHAB, que prevê a revitalização da área externa, do bondinho, da maria-fumaça e do teatro. Segundo Ângela de Alvarenga Batista Barros, presidente da AAMHAB, em 2011 foram captados R$ 62 mil a partir de 16 doadores, todos pessoas físicas. “A gente só consegue o dinheiro porque tem um projeto completo e que está regularizado no Ministério da Cultura”, diz Ângela. Com esse montante foi realizada a primeira etapa das obras, que consistiu na requalificação dos jardins: instalação do sistema de irrigação, luminárias e reestruturação paisagística. “Antes ficava tudo escuro na área externa. Com o projeto, conseguimos até voluntários. Por exemplo, para manutenção do jardim temos uma empresa que cede o jardineiro para cuidar das plantas do museu”, conta Ângela.

 

Acima, o prédio principal do museu e, abaixo, a presidente da AAMHAB, Ângela Alvarenga: “A gente só consegue o dinheiro porque tem um projeto completo e que está regularizado no Ministério da Cultura”
 
 

A previsão de investimento para 2013 – ano em que o museu, fruto do trabalho do jornalista e escritor Abílio Barreto, faz 70 anos – é de R$ 500 mil, sendo que já foram captados R$ 220 mil para a revitalização do acervo de peças pessoais da família do médico e político belo-horizontino Clóvis Salgado, exposto no museu.

O restante será usado para a proteção e manutenção do bondinho e da maria-fumaça,  e para aquisição de materiais para modernização do auditório e do palco ao ar livre. “Em qualquer esfera do setor público, parcerias com a iniciativa privada tendem a resultar em bons frutos. Se não fosse a Associação dos Amigos do Museu Histórico Abílio Barreto, o local não teria o acervo completo que tem. Essas reformas previstas para os próximos meses refletem mais uma ação da parceria, que ajuda a colocar o espaço com a estrutura que ele merece, como museu da cidade”, explica Michelle Mafra, diretora de políticas museológicas da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte.

 

As obras incluem a revitalização da maria-fumaça: uma das peças do acervo que ficam na área externa
 
 

Quem estiver interessado em fazer parte da AAMHAB pode se cadastrar no site www.amigosdomhab.org.br. São três formas de associação: amigo, parceiro e mantenedor. Os doadores podem abater o valor cedido ao projeto no imposto de renda devido, de acordo com a Lei Rouanet do Ministério da Cultura: dedução integral da doação, desde que não ultrapasse 4% do imposto devido para empresas e 6% para pessoas físicas.

 

 
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