O talento do artista foi sendo lapidado desde a infância, época em que começou a ensaiar por conta própria alguns desenhos. “Sempre gostei de pintar, a partir também da curiosidade de observar as obras de grandes artistas”, diz. Contudo, Lazzarini, que mantém seu ateliê num apartamento do bairro Dom Cabral, região Noroeste de Belo Horizonte, prefere dizer que sua inspiração não vem de fonte única. “Não me inspiro em artistas ou conceitos específicos da arte. É um exercício de paciência com o próprio trabalho.
Ele é avesso a rótulos. Prefere deixar para o público a decisão de como observar seu trabalho, que, depois de passear por esculturas e serigrafia, usa e abusa da criatividade por meio da tinta acrílica. “Gosto de desafiar coisas preestabelecidas. Prefiro trabalhar com aquilo que é verdade para mim. Do contrário, não é arte”, diz Lazzarini, que também foi aluno da tradicional escola Guignard, no Mangabeiras.
As cores estão presentes não apenas em seus trabalhos, pois fazem parte de seu cotidiano. Basta olhar a sala de seu apartamento. São cores e formas que remetem à pop art (corrente artística que surgiu na década de 1950, nos EUA e Reino Unido), elementos brasileiros e ao futebol. “Cor é emoção”, afirma, ressaltando, contudo, que não há conexão com seu estado de espírito. “Já houve dias em que produzi telas coloridas, mesmo estando um pouco para baixo. Pretendo nunca parar de produzir.”
Até 15 de março, JB Lazzarini está com trabalhos expostos na Fumec, no projeto Mais Arte na Biblioteca, sob a curadoria do professor Gladston Mamede. Suas telas também podem ser conferidas na Galeria Dotart, na rua Bernardo Guimarães, 911, bairro Funcionários..