Com diversos casos de problemas de saúde relacionados à circulação tanto na família materna quanto na paterna, Karoline sabia que “escapar” do aborrecimento seria difícil, mesmo com hábitos saudáveis. “Minha mãe teve trombose (formação de um coágulo no interior do vaso sanguíneo, que obstrui total ou parcialmente o fluxo de sangue) e foi operada. Logo depois, eu e meu irmão passamos a visitar um angiologista uma vez por ano, pelo menos.
Para amenizar a aparência das veias, um recurso muito utilizado por mulheres de todas as idades é a aplicação de substâncias químicas na região onde estão mais aparentes. Elas causam pequenas irritações nas veias e interrompem a circulação de sangue no local, “solucionando”, pelo menos temporariamente, o problema. “Há também opções de tratamentos pouco invasivos que utilizam técnicas de radiofrequência e laser. O resultado desses tipos de tratamento é visto em mais ou menos um mês. Não têm contraindicações, nem efeitos colaterais. Por isso, é grande a procura por mulheres de 20 a 70 anos”, conta a médica Rosana Simões, proprietária de uma clínica de estética em Belo Horizonte.
A advogada Juliana Andrade, de 36 anos, é uma das adeptas das aplicações; ela alia diversos tipos de tratamentos estéticos a exercícios para garantir a beleza das pernas. “Visito o meu médico sempre que surge um vasinho ou outro e, nos intervalos, recorro à carboxiterapia, que ajuda a vascularizar os tecidos da perna. Além disso, malho todos os dias por duas horas. Acho que, se não fosse tão disciplinada na prevenção e no cuidado com a saúde, não teria um resultado tão bom”, avalia.
A dificuldade do corpo para reenviar o sangue ao coração pode comprometer não só o aspecto das pernas, mas também pode gerar desconfortos físicos, como queimação na sola dos pés, dores, inchaço e vermelhidão na parte inferior – sintomas que a auxiliar de seguros Fabiana de Freitas, de 29 anos, conhece bem. “Desde os 18 anos sinto formigamento nas pernas.
Segundo Caetano Lopes, ainda não é possível falar em uma solução para o problema, mas há alguns recursos conhecidos que refletem positivamente na saúde das pernas. A mais famosa é a meia elástica compressora, recomendável não só para quem tem sinais aparentes, mas a todos que tenham cansaço e dores nos membros inferiores. A enfermeira Elen Peixoto, de 29 anos, garante que o uso da peça faz diferença no dia a dia. “Faço plantões de 36 horas em pé e, sem a meia, não consigo chegar inteira ao fim da rotina. Mas, se a utilizo durante pelo menos 12 horas do plantão, sou capaz de sair e correr oito quilômetros na Pampulha”, diz. Usar saltos médios – nem muito altos, nem completamente baixos –, evitar ganho de peso corporal, praticar esportes que não sejam de alto impacto e movimentar-se ao longo do dia também podem ajudar a se manter livre dos roxinhos indesejáveis..