Entre tantas pessoas, de repente, uma se torna especial.
O primeiro passo é quebrar alguns mitos, entre eles o de que a primeira impressão é a que fica. “A mulher tem de deixar de ser check-list, ou seja, em 10 minutos de conversa já define se o parceiro é bom ou ruim. E o homem tem de ser um pouco menos visual. Ambos precisam criar oportunidades para se conhecerem melhor e descobrir os valores que cada um tem”, diz Carla Rodrigues, gerente da agência de namoro A2 Encontros, que tem escritório em Belo Horizonte. Outro mito é o de que os homens não gostam de mulheres independentes.
Apesar de todas as facilidades e liberalidades do mundo contemporâneo, o fato é que o número de pessoas solitárias é cada vez maior, e a busca pela pessoa ideal também é crescente. “A facilidade com que os relacionamentos ocorrem hoje em dia os torna cada vez mais frágeis e descartáveis, o que dificulta a criação de laços afetivos verdadeiramente fortes para se construir uma relação madura e duradoura”, diz Odilon Luiz Nogueira, especialista em psicologia clínica existencial. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2011 mostra que no Brasil existem 48,1% de solteiros, contra 39,9% de casados. Isso significa que sempre é tempo de encontrar a sua cara metade, já que tem muita gente livre por aí.
As agências de namoro se esforçam para atender a esse público, tentando encontrar e unir perfis ideais. E garantem que a ideia de que quem procura ajuda para conseguir um parceiro não tem capacidade de conquista, não existe. “É exatamente o contrário. O cliente que nos procura é exigente e faz questão de conhecer pessoas que atendam às suas expectativas. Ele sabe exatamente o que quer”, afirma Carla Rodrigues. Em geral, são pessoas cansadas de baladas noturnas e em busca de parceiros que tenham as mesmas pretensões de um relacionamento sério – o que é difícil de acontecer nas caçadas noturnas. “Tive três longos relacionamentos e, como trabalho muito, pratico esporte à noite e não curto sair para paquerar, prefiro buscar algo mais direcionado”, conta o funcionário público Carlos Alberto de Alencar Guerra, 49 anos. “Estou gostando muito desta experiência. Descobri que existem inúmeras pessoas bacanas que ficam em casa, e não necessariamente em baladas”.
Entre os motivos que levam um número cada vez maior de pessoas a buscar empresas especializadas para encontrar um parceiro, estão os quesitos segurança e privacidade.
Na era da pegação, a busca pela alma gêmea é tão intensa que empresas virtuais como a e-Harmony, ParPerfeito e a B2 Encontros atraem milhões de usuários em todo o mundo. Mas há quem prefira um atendimento personalizado. “Eu me senti mais segura em empresas nas quais pude ser atendida pessoalmente”, diz a designer de interiores Rose Andreia Miranda Paiva, de 31 anos. Em janeiro de 2011, ela se cadastrou na agência e agora, dois anos depois, está casada e esperando sua primeira filha, Valentina. Foi lá que ela conheceu o médico Breno Paiva, de 35 anos. “Queria alguém que atendesse as minhas expectativas como não ter vícios e ser devoto como eu. E o Breno é até mais do que eu esperava.
Cuidados na escolha
Atenção às dicas antes de contratar o serviço:
- Muitas agências de relacionamento possuem apenas atendimento virtual, por isso é bom tomar cuidado com as informações pessoais fornecidas, e sempre buscar referências quanto à qualidade do serviço prestado
- Segundo especialista, é melhor optar por empresas que possuem escritório físico e realizam processo de seleção dos candidatos, já que o risco de contratempos é menor
- Os preços dos serviços variam de acordo com o pacote escolhido que pode ser mensal, bimestral, semestral ou anual. Nos sites de relacionamento o preço mínimo é de R$ 50. E nas agências físicas o mínimo R$ 2 mil