A solução é apelar para a ingestão de água (dois litros por dia) e o uso de hidratantes, especialmente os mais encorpados e à base de óleo. “A recomendação é usar cremes que contenham princípios ativos que ajudem a formar uma espécie de filme sobre a pele, atuando contra o tempo seco. Por exemplo, ácido hialurônico, aquaporine, ureia e óleos, como o de argan, macadâmia, karité e jojoba”, diz Maria Paula Del Nero, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. De acordo com a médica, rosto, mãos e braços, que são áreas expostas do corpo, acabam sofrendo mais com a secura do ar.
“O resto do corpo também resseca, porque a gente aumenta a temperatura do banho durante o tempo frio. A água quente faz com que percamos a camada de gordura da pele, chamada de barreira cutânea”, explica a dermatologista. Os hidratantes atuam, então, como proteção para manter a umidade do corpo, substituindo essa barreira natural que se perde no banho.
É recomendado também o uso de protetores labiais, como manteiga de cacau, já que essa região de mucosa possui uma camada de pele muito fina. Os dermatologistas recomendam, ainda, o uso de protetor solar nas áreas expostas do corpo, já que, apesar de agredir menos, o sol continua emitindo raios ultravioleta, que são nocivos e podem levar ao câncer.
Para quem já está com saudade da chuva, Claudemir de Azevedo, meteorologista do 5º Distrito de Meteorologia de Belo Horizonte, explica que ela não deve dar as caras tão cedo, já que a massa de ar seco, que está estacionada na região central do Brasil, incluindo grande parte de Minas Gerais, forma uma barreira contra a entrada de massas de ar frio nesta época do ano. “A perspectiva é de que o tempo continue dentro da normalidade, ou seja, com dias secos até meados de setembro”, diz o meteorologista..