Das 9 mil toneladas de aço às 717 toneladas de concreto, os números da obra de modernização do Mineirão com vistas à Copa das Confederações e Copa do Mundo impressionam.
O rebaixamento do campo em 3,4 metros melhorou consideravelmente a visibilidade nos setores inferiores (os de ingressos mais caros, onde ficam as cadeiras especiais, cadeiras VIP e camarotes). A antiga geral foi extinta, uma vez que todos os 62.120 lugares agora têm assento numerado. A cor vermelha das cadeiras deu lugar ao branco e cinza, conferindo aspecto ainda mais renovado à arena. O custo total da obra foi de R$ 666,3 milhões.
O projeto básico foi desenvolvido pelo escritório Gustavo Penna Arquiteto & Associados, com a empresa alemã GMP, e o projeto executivo ficou sob responsabilidade da BCMF Arquitetos, dos sócios Bruno Campos, Marcelo Fontes e Sílvio Todeschi. A modernização do Mineirão incluiu construção de vestiários, instalação para a imprensa, sinalização com cores vibrantes, novas arquibancadas, estacionamentos e esplanada de 80 mil metros quadrados. No momento de pico, 25 arquitetos trabalharam no projeto, com mais de 5 mil desenhos produzidos para atender às diversas demandas da Fifa e aos imprevistos surgidos durante a obra.
Foram construídos novos anéis inferiores, camarotes e área VIP, além da instalação da cobertura adicional ao campo, uma membrana transparente que abrange todos os assentos.
Além de futebol, o novo Mineirão promete ser um catalisador de eventos. O estádio foi adequado ao conceito de arena multiuso, que começou a ser desenvolvido na Europa e Estados Unidos no fim da década de 1990. Agora, o estádio está preparado para receber também shows e eventos de grande porte, como a passagem dos britânicos Elton John e Paul McCartney nos últimos meses.
Ter clubes fortes, como Cruzeiro, Atlético e América, no entanto, faz toda a diferença. “Apesar de ser utilizado para entretenimento e negócios, a âncora das arenas multiuso é o futebol. Cidades com um público cativo para o esporte, com times fortes, como Belo Horizonte, levam vantagem sobre outros centros sem tradição”, explica o administrador Fernando Trevisan, coordenador da Trevisan Escola de Negócios, especializada em gestão esportiva. No entanto, esse não é único fator de sucesso. “Estamos tratando de um conceito novo no país, que vai depender bastante da capacidade dos gestores.
Raio-x
Dinheiro gasto com a obra e o que mudou
- R$ 11, 8 milhões do governo estadual
- R$ 654, 5 milhões da Minas Arena
- R$ 400 milhões via financiamento federal do BNDES
Capacidade
- 62.160 assentos
- 79 banheiros
- 58 bares e lanchonetes
- 47 lojas
- 98 camarotes
Acessos
- 106 catracas
- 2 rampas
- 2.925 vagas no estacionamento, das quais 1.884 cobertas
Recursos tecnológicos
- 364 câmeras de segurança
- 8 elevadores
- 2 telões de 98 metros quadrados sobre os gols
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