Quando Sergio Marcchione, CEO do grupo Fiat Chrysler, acertou a compra da Chrysler, em 2009, ele anunciou que revigorar a marca milanesa era um de seus objetivos no planejamento estratégico do grupo, visando não apenas ao seu crescimento no mercado europeu, mas também – e principalmente – na América do Norte, onde, até agora, todas as tentativas de vender os carros produzidos em Milão não deram certo.
Parece que chegou a hora de Marcchione colocar em prática seus planos. Da Alemanha vem a notícia de que o grupo Fiat Chrysler lançará sete novos modelos Alfa Romeo, com os quais pretende fazer o volume de vendas da marca se multiplicar por cinco, conforme publicou a revista alemã AutoBild, em março. A empresa tem planos de lançar um conversível Spider até 2016, seguido por versões sedã e wagon (perua) dos modelos Giulia e Alfetta em 2017 e 2018, respectivamente.
O Giulia sedã é rival direto do BMW Série 3 e o Alfetta sedã é rival do BMW Série 5. A sequência de lançamentos inclui, ainda, dois crossovers no estilo SUV (utilitário-esportivo), uma versão compacta e outra maior, que deverão chegar ao mercado em 2017 e 2018, respectivamente.
Sem mencionar prazos, a Fiat revelou que a meta é aumentar as vendas da Alfa para pelo menos 500 mil veículos por ano. Em 2013, o resultado foi de 100 mil unidades. O fabricante italiano não comentou as informações divulgadas pela publicação alemã, mas uma coletiva de imprensa está marcada para 6 de maio, quando deverão ser revelados um novo plano industrial, os investimentos e os novos modelos que o grupo pretende lançar nos próximos três anos.
A Fiat comprou a Alfa em 1986, mas nunca conseguiu revigorar a marca, apesar de repetidas tentativas. O ambicioso plano de elevar vendas para meio milhão de unidades em 2014 foi gradualmente adiado, em parte porque o mercado europeu de automóveis está, há seis anos, em forte queda. Pesou também o fato de a marca estar com fraca reputação em qualidade e só oferecer três modelos. O mais recente lançamento, o Alfa Romeo 4C, foi, no entanto, bem recebido.
A possibilidade de os carros Alfa Romeo voltarem para o Brasil é remota, uma vez que isso dependeria de um estudo detalhado para a reintrodução no país, incluindo o formato da rede de distribuição. A Fiat não quer errar outra vez.
A prioridade é consolidar a marca na Europa e depois nos Estados Unidos. Só a partir de então o grupo pensará em outros mercados, informou a assessoria de imprensa da Fiat Automóveis..