Se antes, ao se falar de carros compactos, o que vinha à mente eram veículos pequenos, simples e baratos, hoje a oferta e procura por esse tipo de automóvel estão mais complexas e atingem não apenas os consumidores que, com limitações orçamentárias, compram seu primeiro carro, mas também aqueles com maior poder aquisitivo, que buscam meios de locomoção ágeis, práticos para o dia a dia no trânsito urbano das grandes cidades, mas não abrem mão de sofisticações nos campos do conforto, da segurança e do design.
A primeira é a de entrada, com carros mais baratos e menos equipados, cujo principal comprador são os frotistas – locadoras e empresas que necessitam de carros pequenos e baratos para suas atividades –, seguido pelos que compram seu primeiro automóvel. Segundo Castro, essa categoria representa 23% das vendas dos hatches pequenos.
A segunda é a categoria que Castro chama de mainstream. Representa 70% das vendas do segmento dos hatches pequenos e é composta por dez modelos que são mais bem supridos em equipamentos, motorização e itens de conforto em relação aos de entrada. São eles os Fiat Novo Uno e Novo Palio, os Volkswagen Fox e New Gol, os Chevrolet Onix e Agile, o Fiesta Rocam, o Renault Sandero, o Toyota Etios e o Hyundai HB20, além do Nissan New March, que agora chega ao mercado como produto nacional.
A importância do segmento de compactos no mercado automobilístico é indiscutível. Os dados de emplacamentos da Fenabrave, a associação dos revendedores do setor, mostram, porém, que nos últimos dez anos, enquanto o crescimento nas vendas de carros de passeios e comerciais leves foi de 171,54%, o de hatches compactos foi de 83,56%. Ou seja, o crescimento do mercado como um todo foi bem maior. Em 2003, a participação dos hatches compactos, com 12 modelos em oferta, representava 62% do mercado, enquanto em 2013, com 25 modelos, essa participação foi de 42,3%. Logo, segundo os números divulgados pela Fenabrave, a importância dos hatches compactos perdeu força nos últimos dez anos. Os hatches compactos ainda lideram a indústria automobilística no Brasil, mas já não são o segmento que mais cresce. Os sedãs médios, segmento a que pertence o Versa, próximo do Nissan a ser aqui fabricado, assumiram esse papel..