A ausência desses elementos provoca desde problemas de visão, falta de concentração, a raquitismo, anemia e osteoporose. "Há casos de pessoas que adquirem doenças metabólicas por carência de macro e micronutrientes que são encontrados somente em alimentos como frutas, verduras e hortaliças", diz Penchel. Outro fator importante é que o uso prolongado de shakes em substituição às refeições pode levar à desnutrição e à perda de massa magra, e não exatamente à redução de gordura. "O músculo é o nosso tecido ativo e é ele que acelera o nosso metabolismo. A perda desse tecido resultará em um metabolismo mais lento, menos eficiente no gasto de calorias", explica a nutricionista Fernanda Axer Vieira Pinto.
No entanto, quando utilizado da maneira correta, o consumo de shakes pode trazer bons resultados, tanto para perder quanto para ganhar peso. O empresário Felipe Alecrim, de 28 anos, seguiu a receita certa. "Sempre fui muito alto e magro e minha meta era ganhar 10 kg. Então, aliei o shake a uma boa alimentação e a exercícios anaeróbicos. O resultado foi muito positivo", diz. Por falta de tempo, a bancária Kelly Cristina Gomes da Cunha, de 26 anos, utilizou o shake por um ano seguido. "Quando não tinha tempo de ir a um bom restaurante, optava pela bebida no almoço.
Os especialistas alertam que os alimentos jamais devem ser totalmente substituídos, pois são as únicas fontes naturais de vitaminas, minerais, proteínas e carboidratos. Sem falar na mastigação, que é fundamental para ativar enzimas que atuam no intestino. "O mau funcionamento do intestino impacta em ganho de peso, alteração da glicose e surgimento de doenças como azia, gastrites e úlceras", diz Ana Paula Fidélis, nutricionista funcional. O alto teor de sódio na composição dos shakes de algumas marcas também deve ser considerado. "Nesses casos, o consumo de água é fundamental para auxiliar no funcionamento renal e hepático", diz a nutricionista esportiva Luciana Angelini Lage.