"Ficou de bom tamanho para o futebol mineiro, que está na ponta do futebol brasileiro, com as equipes mais organizadas", disse o técnico do Atlético, Levir Culpi, que conquistou seu segundo troféu da Copa do Brasil – o primeiro foi justamente no Cruzeiro, em 2000. "Possivelmente, são os dois melhores times do Brasil, que vêm jogando o melhor futebol", disse o técnico do Cruzeiro, Marcelo Oliveira, que começou a carreira como jogador e técnico no arquirrival.
A decisão que parou Belo Horizonte no fim do mês passado coroou dois anos de fortes emoções para os mineiros. Não bastassem as emoções com Cruzeiro e Atlético, Minas foi palco de alguns dos jogos mais marcantes – para o bem ou para o mal – da história recente da Seleção Brasileira. No Mineirão, o time de Felipão superou o Uruguai, por 2 a 1, nas semifinais da Copa das Confederações, abrindo caminho para o título.
Tantos jogos importantes fizeram os mineiros registrarem recordes: a vitória do Atlético sobre o Olímpia, por 2 a 0 (4 a 3 nos pênaltis), na decisão da Libertadores, em 24 de julho de 2013, registrou a maior renda da história do futebol brasileiro: R$ 14.176.146. Das cinco maiores rendas, três foram no Mineirão.
O bom momento de Atlético e Cruzeiro se explica não só pelas reformas do Mineirão e Independência, mas também pela ousadia de diretores nos bastidores e pelo esforço dos jogadores em campo. Ronaldinho Gaúcho alçou o Atlético a um novo patamar, trabalho que se seguiu após sua saída. No Cruzeiro, a montagem do elenco foi cirúrgica. Hoje, o técnico Marcelo Oliveira tem em mãos um dos grupos mais qualificados do país, tanto que utilizou 30 atletas para levar o clube celeste ao tetracampeonato.
Os títulos e as emoções fazem os torcedores cruzeirenses e atleticanos projetarem voos mais altos para 2015, quando os dois times vão disputar juntos, pela segunda vez consecutiva, a Copa Libertadores. Não é exagero, portanto, sonhar com novas conquistas mineiras. .