Talvez isso explique, em parte, os 52,9% dos votos válidos (5,3 milhões) que obteve no primeiro turno em Minas. A seu favor, conta ainda a experiência em gestão pública – foi secretário da Fazenda e depois prefeito de BH por duas gestões, entre 2001 e 2008 – e o apoio da presidente, Dilma Rousseff, amiga pessoal desde os tempos de movimento estudantil em Minas.
Pimentel iniciou sua vida política participando de movimentos estudantis e sindicais. Foi preso durante a ditadura militar, em 1970, no Rio Grande do Sul, onde sofreu tortura e foi mantido em isolamento por nove meses. Voltou a Minas no ano seguinte, transferido para presídio destinado a presos políticos, em Juiz de Fora. Em 1973, solto em liberdade condicional, pôde voltar a estudar, ingressando, dois anos depois, na Faculdade de Economia da PUC Minas. No período, trabalhava durante o dia na loja de couros do pai, a Belorizonte Couros, e estudava à noite. Em 1978, foi aprovado em concurso da UFMG e assumiu o cargo de professor assistente. No final da década de 1970, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT).
No governo de Minas, as primeiras ações serão nas áreas de saúde, educação e segurança pública, garante ele. “A transição está acontecendo como o previsto. Novas definições serão feitas depois da conclusão dos trabalhos da equipe”, diz. O novo governador está confiante. Acredita que vai deslanchar as obras do metrô e do Anel Rodoviário, que dependem de verba da União. “Os recursos do governo federal para essas duas obras estão disponíveis.
A eleição de Fernando Pimentel para governar Minas pode significar a inauguração de novo período de prosperidade para o estado. Se obras importantes não foram executadas por falta de projetos ou de dinheiro, não importa mais. Isso agora faz parte do passado. Há muitos anos Minas Gerais não era governada por grupo político tão alinhado com Brasília. A missão agora é transformar o bom relacionamento em dividendos para os mineiros. Sucesso, governador!