Esse cuidado se faz necessário porque, além de limpar, o sabão retira parte da camada protetora da pele, denominada manto lipídico. A professora de dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Luciana Pereira recomenda sabonetes que limpem sem desengordurar a pele.
Também é importante que não tenham corantes ou fragrâncias”, diz. Como regra geral, os sabonetes devem ser neutros ou ligeiramente ácidos, próximos do pH da pele. Uma dica para saber se o produto está agredindo o corpo é observar se, após o banho, a pele fica irritada, seca, vermelha, com coceira ou ardor. “É preciso usá-los em pequena quantidade, principalmente nas áreas em que a pele é mais oleosa – face e tronco de adolescentes e adultos jovens –, ou que contêm maior número de bactérias e sujeiras, como axilas, genitália e pés”, explica Luciana.
Para a professora, o que importa mesmo são os ingredientes da fórmula, que entrarão em contato com a pele. “Tanto o sabonete em barra quanto o líquido são adequados para o corpo. O que define a acertividade na escolha é a composição”, afirma. Sendo assim, vale analisar os rótulos dos sabonetes e decidir o mais adequado para o tipo de pele. Em geral, os glicerinados são ideais para as pessoas de pele seca, já que a glicerina é uma substância umectante e puxa a água para a pele, deixando o produto menos irritante. Os esfoliantes têm ácido salicílico e atendem os pacientes de pele oleosa. Já as pessoas de pele normal podem usar sabonetes neutros sem preocupação.