A capelinha deu lugar a uma nova igreja entre 1788 e 1793, segundo o livro Catedral – Um Santuário de Adoração, de João Victor Ferreira, depois demolida para a construção da atual, que está sendo restaurada desde o ano passado. Diante de tanta história, é natural que as obras reservem surpresas. "A igreja tem mais de cinco camadas de tinta.
A previsão é de que as obras do santuário durem cinco anos e contemplem melhorias na parte elétrica, telhado, incluindo o restauro das 140 torres, piso, pintura interna e externa. O governo estadual liberou 100 mil reais para as obras, no final do ano passado. "A igreja será um cartão-postal ainda mais belo da cidade", diz o pároco Marcelo Carlos.
Belo também é o adjetivo que os belo-horizontinos e turistas estão usando diante da fachada principal da igreja de São José, no centro. Ela foi restaurada e as cores originais voltaram à cena. Os trabalhos tiveram início há dois anos, mas o restauro e melhorias internas começaram em 2012. "Foram necessários mais de 4 milhões de reais. Tudo angariado junto à comunidade", afirma o vigário paroquial Flávio Santos Campos. A partir de junho, será iniciado o restauro das laterais da igreja, erguida em 1900. O trabalho deverá ser concluído em 18 meses e vai demandar mais de 1 milhão de reais.
Outras duas relevantes igrejas ainda não têm projetos de restauração, mas são igualmente importantes na história da cidade. A capela curial de Nossa Senhora do Rosário, na rua São Paulo, esquina com avenida Amazonas, foi a primeira a ser criada na então novíssima capital mineira, em setembro de 1897.
A basílica de Nossa Senhora de Lourdes, no bairro de mesmo nome, também foi inaugurada em 1923. Não por acaso, sua arquitetura recebeu a mesma influência da catedral da Boa Viagem: o imponente e sofisticado estilo neogótico. Mais conhecida como igreja de Lourdes, passou a receber, sobretudo na primeira metade do século XX, as famílias mais tradicionais da cidade. Isso pode ser explicado por estar próxima do principal centro do poder do estado, o Palácio da Liberdade. "As missas dominicais eram um desfilar de belos vestidos", diz Maria da Glória Vargas Ramos, de 84 anos, que há 50 participa dos trabalhos na paróquia