Soma-se a isso a decoração impecável, com temas como esportes, cerveja, motos, jogos e boa música. Para o analista de marketing do Sebrae Minas Fábio Petruceli Bastos, esse modelo de negócio ainda está se consolidando, mas certamente já sinaliza para uma tendência de mercado. "Os homens também querem serviços pensados para eles e os empresários descobriram, aí, um novo nicho de atuação", afirma. Mas quem é esse homem que está disposto a pagar até 75 reais num corte de cabelo e o mesmo valor para cuidar da barba?
"São clientes que não se limitam a fazer apenas a barba, o cabelo e o bigode. Eles fazem sobrancelha, pé, mão, alisamento. A sociedade exige deles cada vez mais esse cuidado com a aparência", diz o responsável pelas áreas de marketing e qualidade da Barbearia Isac, Paulo Sérgio.
Todos os serviços oferecidos em um salão convencional estão disponíveis nas barbearias: tintura, coloração, estética, alisamento, selagem, manicure, pedicure e Dia do Noivo são algumas opções. Em comum, todas resgatam uma velha tradição: fazer a barba segundo o método antigo, com toalha quente, navalha e espuma. O toque moderno fica por conta da poltrona de massagem, dos óleos e das essências para tratamento da pele e, claro, do nome do serviço, agora conhecido como barboterapia.
Desde 2013, quando as pioneiras abriram as portas, várias casas foram inauguradas na cidade. Entre as precursoras, Elias Torres, proprietário da Barbearia Seu Elias, vê um futuro promissor para os negócios, mesmo diante do forte aumento da concorrência: "Não vejo o recente boom como ameaça. Tem espaço para todos. O cliente fiel não troca de barbearia", diz.