Leonidas Oliveira
Nasceu em São Gotardo (MG)
44 anos
Solteiro
Arquiteto e urbanista pela PUC Minas e doutor pela Universidade de Valladolid, na Espanha Presidente da Fundação Municipal de Cultura
Enquanto assistia a uma reportagem sobre a Pampulha na TV, Leônidas Oliveira teve um insight: por que o principal cartão-postal de BH, projetado por Oscar Niemeyer, ainda não fazia parte do seleto conjunto de monumentos protegidos pela Unesco? Ligou para o prefeito Marcio Lacerda, que deu sinal verde para pleitear o título.
Leônidas é inquieto. Não mede esforços e palavras para implementar o que acredita.
E uma tendência no mundo todo era a realização de eventos culturais durante 24 horas ininterruptas. Por que não fazer isso em BH? Assim, cerca de 500 mil pessoas participaram da primeira edição da Virada Cultural, em 2013. Desde aquele ano, Leônidas decidiu abolir as grades em eventos públicos. "As grades cerceiam o direito de ir e vir das pessoas. Elas ficavam confinadas feito gado", diz. Outra medida tomada em festas realizadas pela prefeitura, ao ar livre, foi a de não ter camarotes.
Arquiteto e urbanista, Leônidas sempre demonstrou preocupação com o patrimônio público da cidade. Em sua gestão, os bairros Santa Tereza, na região Leste, e Cidade Jardim, na Centro-Sul, foram tombados. Em Santa Tereza, por exemplo, o primeiro cinema público de BH foi reaberto este ano. O espaço tem exposições e filmes com entrada gratuita. É o que também deve acontecer com o imóvel onde funcionou, a partir da década de 1940, o Cine Pathé, na Savassi.
Hoje, quando Leônidas assiste na TV a reportagens que mostram o aumento do número de visitantes na orla da Pampulha - passaram de 150 para 1.500 por dia -, percebe que, há quatro anos, fez a coisa certa. Ele acredita que o famoso espelho d’água, cercado por monumentos históricos, é a grande alavanca cultural da cidade. "Como gestor da FMC, sinto ter alcançado também outro grande sonho: o de incluir pessoas", diz. Sim, cultura deve ser para todos..