Quando já tinha uma larga experiência na empresa do pai - começou a ajudá-lo aos 13 anos -, Elerson entrou no curso de engenharia mecânica. Apaixonou-se pelos estudos e pela área, mas hesitava entre atuar no ramo e continuar na Artec, que, na ocasião, ainda era focada em refrigeração de câmaras de frigorífico. "Eu ficava um pouco frustrado de não trabalhar com a minha especialidade", diz. Mas não queria sair da empresa. Foi então que começou a enxergar um mercado potencial para a Artec, o de climatização, especialmente de grandes obras. A ideia era oferecer consultoria, projeto, instalação e manutenção nesse segmento. O pai, Luiz Otávio Murta, já em vias de se aposentar, não topou o desafio, mas abriu caminho para que o filho ficasse à frente do negócio e pusesse o projeto em prática. Com a nova atuação, Elerson tem a oportunidade (e não a perde nunca) de ir ao canteiro de obras, acompanhar os projetos e se aproximar da engenharia, sua paixão. A empresa chegou a ter 60 funcionários - um aumento de 1400% em relação aos quatro que trabalhavam lá antes da mudança de rumo. Para este ano, Elerson comemora o fato de ter 80 milhões de reais em orçamentos. Isso em meio à crise que ataca não apenas o setor, mas todo o país. "O mercado é uma surpresa, mas as perspectivas são boas", afirma.   .