Há três décadas, a região mineira, embora de maneira tímida, começou a investir na criação dos peixes. Ao longo dos anos, a cadeia produtiva, grande parte formada por agricultores familiares, se fortaleceu. Muitos produtores trocaram plantações ou pastos por tanques ou estufas. Não demorou para que o trabalho fosse reconhecido pelo Ministério da Agricultura. No ano passado, mediante projeto de lei, a região virou Polo de Piscicultura Ornamental.
Agora, a expectativa é de que a cadeia produtiva se aperfeiçoe ainda mais. Nessa toada, em abril, o município de Leopoldina ganhou o Centro de Referência em Piscicultura Ornamental de Água Doce. O projeto, gestado pelo governo do estado e pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), tem o objetivo de gerar capacitação de técnicos e o desenvolvimento de métodos de criação de peixes. Não é difícil comprovar de onde vem tanta demanda. Segundo o IBGE, o setor cresceu 37% nos últimos anos. O que significa que os peixes ornamentais estão nadando rumo ao topo do mercado pet. Segundo pesquisa realizada também pelo IBGE, com base em dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais em Estimação, divulgada em 2013, os peixinhos estavam na quarta posição do ranking do mercado, com 18 milhões de unidades, perdendo para os cães (52,2 mi), as aves (37,9 mi), e os gatos (22,1 mi). Em 2018, será divulgado outro estudo e piscicultores apostam que as escamas devem aparecer disputando a ponta do ranking.
Conheça alguns números
- 12 milhões de unidades vendidas por ano
- 400 famílias envolvidas
- 150 espécies diferentes
- 7 centavos a 50 reais, valor da unidade dos peixes produzidos na Zona da Mata
Municípios que fazem parte do Polo da Piscicultura Ornamental em Minas
Vieiras
Eugenópolis
Patrocínio do Muriaé
Miradouro
Barão de Monte Alto
São Francisco da Glória
Muriaé
Rosário da Limeira.