Revista Encontro

Bem-estar | Exercícios

Conheça os benefícios de entrar em forma dançando

Ritmos como o samba, forró e zumba, entre outros, fazem bem para a saúde e ajudam a aumentar a autoestima

Daniela Costa
A empresária Diva Antonini e o professor de dança Bruno Braga se divertem na dança de salão: coreografias sincronizadas exigem força, equilíbrio e flexibilidade - Foto: Ronaldo Dolabella/Encontro
Bom para o corpo e ainda mais para a alma. Assim aqueles que praticam a dança exaltam os seus benefícios. Difícil mesmo é não se deixar contagiar pelos ritmos calientes que embalam gerações. Democrática, a atividade aeróbica não faz distinção de sexo, raça, idade ou mesmo condição física. Cada um, dentro de suas limitações, pode realizá-la. Com tantos atrativos, tornou-se uma excelente opção para aqueles que querem manter ou conquistar a boa forma de maneira alegre e descontraída. Coreografias motivantes aceleram o metabolismo, resultando em consequente perda calórica. E para cada gênero musical, uma intensidade diferente é trabalhada.
 
Na dança de salão, o samba de gafieira e o forró arrebatam seguidores com o famoso "dois pra lá, dois pra cá".
Em comum, as danças feitas entre casais realizam várias evoluções durante sua execução, com giros e malabares que chegam a queimar 400 calorias por aula. Enquanto o samba tem sua origem no maxixe, o forró vem do xaxado, xote e baião. Foi a dança que fez a empresária Izabela Andrade de Silva, de 53 anos, redescobrir-se. Somente após os 40 anos de idade começou a se exercitar. "Percebi que estava engordando e, como não gostava muito de academia, aceitei o convite de uma amiga para dançar. Não parei mais", diz. A atividade a ajudou a se cuidar. "Passei a olhar para mim como mulher, a ser mais vaidosa e a ter mais força e vitalidade." Um dos pioneiros nas aulas coletivas de dança em Belo Horizonte, Artur Assunção, da Academia A2, acompanhou a evolução de Izabela. "Sem dúvida a dança modifica a vida das pessoas, e sempre para melhor. Assim aconteceu com a Izabela."

Na zumba, ritmos afro-cubanos ajudam a eliminar a gordura e a ganhar massa muscular: "É o momento em que me esqueço de qualquer problema", diz a estudante Catharina Allegro, na aula de ritmos do professor Pedro Henrique Verçosa da Costa - Foto: Ronaldo Dolabella/EncontroAlém de ajudar a perder os quilinhos extras, os ritmos acelerados fortalecem os músculos das pernas, abdômen e glúteos, além de melhorar a frequência cardíaca e a postura. Os resultados são alcançados de acordo com a intensidade da música, o tempo realizado e a periodicidade das aulas. Com passos cadenciados e muito requebrado, os ritmos afro-cubanos como salsa, mambo e reggaeton ajudam a eliminar gordura e ganhar massa muscular. Em uma aula de zumba, com duração de 45 minutos, perdem-se de 550 a 1.000 calorias.
"Os movimentos intensos fortalecem braços, pernas e o abdômen", diz Pedro Henrique Verçosa da Costa, professor de dança da Superare Ritmos. É lá que a estudante Catharina Allegro Martins de Oliveira, de 20 anos, se joga nas aulas. "Para mim a dança é uma forma de expressão e liberdade. É o momento em que me esqueço de qualquer problema", diz.

Prova de que para dançar basta ter força de vontade: a modelo Paola Antonini se exercita na aula de ritmos do professor Breno BW - Foto: Ronaldo Dolabella/EncontroNo Dance Gallery, a aula de ritmos mescla axé, funk e músicas latinas. "Trabalhamos com várias modalidades de dança e todas elas trazem muitos benefícios. Além de ser uma atividade física, ajuda o aluno a se socializar, promovendo seu bem-estar e aumentando sua autoestima", diz a empresária Diva Antonini. Quando está em Belo Horizonte, é na academia da mãe que a modelo Paola Antonini se exercita. "Ela é a prova de que basta ter força de vontade para dançar", diz Diva. E haja agilidade para aqueles que optam por praticar o street dance.
Com movimentos eletrizantes inspirados nas danças de rua, exige a coordenação simultânea de braços, pernas, cabeça e ombros, queimando em média 500 calorias por aula. Quem gosta de desafios pode se aventurar no pole dance. Muito mais do que ícone da sensualidade, os movimentos realizados na barra vertical mesclam dança e acrobacias, fortalecendo a musculatura e aumentando a flexibilidade e o equilíbrio. "É um exercício de superação e persistência que possibilita um alto gasto calórico e ampla consciência corporal", diz a professora de dança Lu Senra, dona do Studio A. Uma hora de aula promove o gasto de até 700 calorias. Tão ousado quanto, o stiletto é uma mistura do hip hop, pop e jazz, com o detalhe de que, no caso da mulher, todos os movimentos são feitos em cima do salto alto, trabalhando a feminilidade, elegância, postura e equilíbrio. Tanto esforço chega a queimar 600 calorias por aula. A professora de dança da Companhia Athletica, Camila Savi Pereira, ressalta que é importante aliar a dança a outra atividade física. "A musculação trabalha a parte de fortalecimento muscular. Já a dança trabalha muito a parte de postura, coordenação motora e consciência corporal. São atividades complementares". .