Revista Encontro

Saiba porque o Aeroporto de Confins está entre os melhores do país

O terminal está na segunda posição do ranking nacional que mede a satisfação dos passageiros. Serviço de wi-fi, oferta de lojas e a pontualidade dos voos são alguns dos quesitos elogiados

Rafael Campos
O Terminal 2, inaugurado no final de 2016: possibilitou o aumento da capacidade para 22 milhões de passageiro por ano - Foto: Violeta Andrada/Encontro
Num passado recente, embarcar e desembarcar no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Grande BH, era uma tarefa não muito agradável. Passageiros e visitantes viviam reclamando de serviços básicos como banheiros, rede wi-fi e oferta de lanchonetes e restaurantes. A concessão para a iniciativa privada veio há quatro anos e, durante o mundial de futebol no Brasil, foram iniciadas as primeiras obras do terminal 2, hoje integrado ao já existente. Torcedores tiveram de conviver com um aeroporto que mais parecia canteiro de obras. Agora, às vésperas da Copa da Rússia, a história é bem diferente. Conforme recente pesquisa de satisfação dos passageiros, feita pelo Ministério dos Transportes, Confins alcançou a segunda posição no ranking entre 20 terminais no país. Ganhou a nota 4,62, numa escala de zero a 5. Campinas e Curitiba dividem a primeira posição, com a nota de 4,63 (apenas um décimo a mais).
"Antes, aqui, era trágico", afirma o músico Flaviano César, enquanto aguardava os pais, que chegavam de Porto Seguro (BA). Seu amigo, o advogado Adriano Miguel, destaca as melhorias: "Está acima de qualquer expectativa. Até a espera está mais agradável."

O terminal 2, entregue no final de 2016, deu nova cara ao lugar. Os banheiros remodelados e a internet sem fio (mais acessível e estável), agora, são quesitos elogiados, segundo a pesquisa. "Buscamos entender a necessidade dos passageiros, acompanhantes e visitantes", diz Adriano Pinho, diretor presidente da BH Airport, concessionária formada pelo Grupo CCR, Zurich Airport e Infraero. O número de lojas também aumentou. Atualmente, são 106 pontos de venda, e a ideia da atual gestão é abrir outros 30 estabelecimentos ainda neste ano. Apesar de não negar que grandes redes possam aterrissar por ali, o executivo diz que foco é trazer negócios que valorizem a cultura mineira. O alto preço dos lanches, alvo recorrente das reclamações, também está sendo combatido. De acordo com o presidente, é condição contratual das lojas oferecerem opções mais acessíveis. "Há produtos com os mesmos preços dos encontrados em BH", diz Adriano Pinho. Está sendo estudada também a oferta de outros serviços, como lotéricas.

O músico Flaviano César e o advogado Adriano Miguel: "Está acima de qualquer expectativa. Até a espera está mais agradável", diz Adriano - Foto: Violeta Andrada/EncontroPara a contadora Franciele Sabatini Santos, a variedade de lojas e o sinal de wi-fi foram as principais mudanças percebidas. "Dá até gosto de viajar", diz ela.
O casal de argentinos Javier Castelletto e Macarena Ifran, que estava em conexão para Salvador, também teceu elogios, mas reclamou dos preços das refeições. "Tudo muito bonito e limpo, mas comer aqui está mais caro que em Ezeiza (Aeroporto Internacional de Buenos Aires)."

No quesito pontualidade, o terminal de Confins não deixa a desejar. Conforme a OAG, empresa de inteligência especializada em análise do transporte aéreo mundial, o aeroporto é o mais pontual entre os terminais brasileiros e o quarto no ranking mundial na categoria com movimentação de 5 milhões a 10 milhões de passageiros por ano. Conforme o estudo, são considerados voos sem atraso aqueles que aterrissaram com no máximo 14 minutos e 59 segundos após o horário agendado. O índice de pontualidade registrado em Confins foi de 84,96%.

A vigilante Rejane Martins: "Estamos bem de aeroporto, finalmente. Ele é muito prático. A sinalização interna melhorou bastante também" - Foto: Violeta Andrada/EncontroA capacidade atual do aeroporto é para atender 22 milhões de passageiros por ano. Por conta da crise, contudo, a movimentação atual está pela metade. Desde o início da concessão, a BH Airport investiu ali cerca de 1 bilhão de reais. Depois de entregue o novo terminal, a próxima grande obra será a construção da nova pista, que em princípio estava prevista para 2020. Mas o presidente Adriano Pinho revela que a obra pode ser postergada, diante da baixa movimentação por lá. "Estamos estudando o melhor momento para a inauguração", afirma.

Mesmo sem a nova pista, a vigilante Rejane Martins, com o mochilão nas costas, faz elogios aos serviços oferecidos no terminal da região metropolitana.
"Estamos bem de aeroporto, finalmente. Ele é muito prático. A sinalização interna melhorou bastante também", diz ela, que foi entrevistada enquanto aguardava, ansiosa, para embarcar para o Chile.

Saiba quais foram as principais melhorias realizadas no Aeroporto Internacional de Confins desde 2014


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