Frutas, grãos, farinhas integrais. Os alimentos naturais são essenciais para manter a boa saúde, mas você sabia que eles também têm outras funções importantes? Podem ajudar no controle de sensações como estresse e ansiedade, apontados como males da vida moderna. O maracujá e a camomila, por exemplo, são calmantes naturais. "A banana e o farelo de aveia são fontes de vitamina B6, que está associada à síntese de serotonina (hormônio do prazer) e de magnésio, um mineral importante para o relaxamento", explica a nutricionista Alessandra Feltre. Ela diz que é possível beneficiar-se dos alimentos para ter dias mais calmos. Por conter betasitosterol, substância que modula o cortisol (hormônio do estresse), o abacate é um aliado. O cacau presente nos chocolates amargos também é um precursor de seratonina, aumentando a sensação de bem-estar. ara as mulheres que enfrentam a montanha russa dos hormônios, Alessandra cita alguns alimentos de ouro que ajudam bastante na atividade hormonal e garantem energia extra, como geleia real, aveia, inhame, grãos, a exemplo do feijão-azuki; e sementes, como de linhaça, de gergelim e de abóbora. A melhor notícia é que a maioria desses alimentos são velhos conhecidos e podem ser encontrados na feira mais próxima de casa.
B - Boa forma
O mundo vive o exagero dos extremos. Ao mesmo tempo que parte do planeta enfrenta a fome, outro luta contra o sobrepeso e a obesidade. Manter a boa forma significa buscar um equilíbrio "que traz saúde", explica a médica endocrinologista Adriana Camarano, especialista pelo Hospital das Clínicas da UFMG. Essa busca que começa na infância deve seguir pela idade adulta. Se o baixo peso pode levar a deficiências nutricionais e de resistência, o contrário pode levar a complicações cardiovasculares, diabetes, hipertensão e afetar o fígado. Uma boa medida para saber o momento de procurar a ajuda de um profissional é a da circunferência abdominal. "Acima de 88 centímetros as mulheres devem ficar atentas", observa a médica. Outro personagem importante nessa matemática é o IMC (Índice de Massa Corporal). A conta é simples, o peso dividido pela altura ao quadrado deve variar entre 20 e 24,9. "Não existe um peso ideal para todos e, sim, uma margem ampla, individual para cada um." Nos últimos 30 anos, o sobrepeso cresceu duas vezes entre o público feminino - no mundo, já são 1 bilhão de pessoas com excesso na balança. Questões comportamentais, ligados ao modelo da alimentação e ao sedentarismo, dominam as causas desse desequilíbrio. Para quem luta contra as medidas, para mais ou para menos, é importante procurar ajuda. "Só o médico é capaz de avaliar quando há doenças associadas ao peso e tratar estratégias para combatê-las", diz Adriana.
C - Câncer de mama
D - Depressão pós-parto
Existe diferença entre o choro fácil, uma irritabilidade passageira após o nascimento do bebê, e a depressão. Os sintomas conhecido como "blues" do pós-parto desaparecem geralmente em 15 dias. Já a tristeza constante, desânimo, alterações no sono, a perda de interesse pelo cotidiano e pensamentos sombrios que perduram podem ser um forte indício da depressão, doença que atinge 15% das mulheres e pode aparecer após o nascimento da criança, mas também durante a gestação. "Muitas vezes as mulheres escondem os seus sentimentos com medo de serem vistas como uma mãe má, já que culturalmente esse é considerado um momento feliz", alerta o psiquiatra Humberto Correa, presidente da Sociedade Mineira de Psiquiatria. Os fatores que levam à depressão são muitos: desde histórico familiar, até relações conjugais conflituosas e dificuldade econômica. O tratamento deve acontecer o mais precocemente possível, mesmo durante a gestação, já que existem medicamentos seguros para o bebê. "A falta de tratamento tem efeitos de longo prazo no comportamento da criança. É com a mãe que ela aprende a reconhecer a expressão das emoções", diz Humberto. O papel
dos familiares e amigos é essencial para incentivar a busca por ajuda. Depressão pós-parto tem cura.
E - Estresse: doenças do coração
A maternidade é um momento muito especial para o coração. Em todos os sentidos. Durante a gestação pode ocorrer a hipertensão, um sinal importante de que algo não vai bem. Quando o descontrole da pressão arterial ocorre, mesmo que os sintomas melhorem no pós-parto, os riscos de infarto para a mulher dobram e a incidência da insuficiência cardíaca pode crescer em até quatro vezes, em função do quadro desenvolvido durante a gravidez. As doenças hipertensivas relacionadas à gestação estão entre as principais causas de morte materna e por isso devem ser acompanhadas de perto, principalmente de modo preventivo, explica a coordenadora do serviço de cardiologia da mulher da Rede Mater Dei de Saúde, Patrícia Marcatti. Alguns fatores fazem os riscos crescerem, como quadros prévios de hipertensão, gravidez tardia e sobrepeso. "Alimentação saudável e atividade física, evitando a obesidade na gestação, ajudam na prevenção", diz Patrícia. O planejamento do pré-natal também é essencial, já que algumas medidas, a exemplo do uso de medicação no segundo trimestre da gravidez, podem evitar complicações futuras. Mãe, bebê, coração e cuidados devem andar sempre juntos.
F - Fertilidade
G - Geriatria
Um plano para envelhecer bem, com saúde e disposição, pode começar com uma consulta ao geriatra. Esse clínico especializado no envelhecimento é capaz de fazer avaliação muito ampla da saúde, incluindo além do check-up habitual, um olhar sob outros aspectos. "Nós prestamos atenção ao humor, estado nutricional, força, aspectos psicossociais e declínios cognitivos", afirma o geriatra João Carlos Barbosa Machado, professor de geriatria da Faculdade de Ciências Médicas e coordenador do Serviço de Geriatria do Hospital Mater Dei. Segundo ele, existem doenças específicas do envelhecimento que o geriatra é capaz de abordar com precisão, incluindo tratamentos para cada faixa etária, abordando também a reabilitação. O geriatra é o clínico que vai se preocupar com a adequação alimentar, necessária com o passar dos anos, as imunizações e os exames para diagnósticos e prevenção. Sempre olhando o paciente de forma completa. "Quanto mais cedo esses cuidados se iniciam, mais chances de um envelhecimento saudável, com autonomia e bem-estar", diz João Carlos. A expectativa de vida em 2018 avançou em 22 anos, em comparação com a década de 1960. O país está envelhecendo rápido e por isso muitas vezes os brasileiros procuram ajuda tardiamente. "Quanto mais velha uma população, mais complexidade ela tem." Viver mais significa ter mais cuidados com a saúde. Para o especialista, uma boa idade para fazer sua primeira consulta ao geriatra é entre os 55 e 60 anos.
H - HPV e outras doenças infecciosas
A prevenção está em baixa e as doenças infectocontagiosas, em alta. A antiga sífilis e o próprio HIV voltam a crescer, atingindo também a população mais jovem, como os adolescentes. Adelino Melo Freire, médico infectologista do Hospital Felício Rocho, aponta que o crescimento das infecções está diretamente ligado ao sexo sem prevenção. A sífilis, por exemplo, é uma doença silenciosa e a pessoa pode infectar-se muitas vezes ao longo da vida. Ela pode trazer riscos à saúde das mulheres, principalmente na gravidez. "Todos que praticam sexo sem prevenção deveriam fazer o teste para as doenças sexualmente transmissíveis (como sífilis, HIV, hepatite B) ", alerta o especialista. A vacinação é outro ponto importante na prevenção e não deve ser negligenciada. A imunização utilizada no Brasil contra o HPV, por exemplo, tem grau de proteção de 70%, explica o médico, mas já circula no mundo modelo com eficácia superior a 90%. A dose deve ser tomada ainda na infância. Como o HPV está relacionado ao câncer do colo de útero, a imunização é a forma mais eficaz de proteção. "Essa é vacina que protege não só contra o vírus, mas contra o câncer." Apesar da queda na resposta imunológica com o passar dos anos, adultos também podem vacinar-se.
I - Implantes de silicone
J - Joanetes
Ele incomoda bastante, principalmente quando o sapato é apertado, atinge em sua maioria as mulheres e está entre as principais queixas que chegam aos consultórios quando o assunto são dores nos preciosos pés. É o joanete, uma saliência óssea na articulação da base do primeiro metatarso (osso dos pés), que leva o dedão a sofrer um desvio lateral em direção ao segundo dedo. A hereditariedade é uma de suas causas mais importantes, explica Roberto Zampelli, ortopedista especializado em cirurgias dos pés e tornozelos, coordenador da equipe de ortopedia do Hospital Mater Dei. Geralmente, o tratamento envolve uma adequação do calçado para acomodar os pés de forma que o atrito com o joanete seja minimizado. E é bom saber: o salto alto não causa o incômodo, mas pode piorá-lo. O tratamento pode ser cirúrgico com técnica minimamente invasiva. Cada quadro, no entanto, deve ser avaliado individualmente. "O especialista definirá a gravidade e qual intervenção específica deve ser feita", explica Zambelli. Existem mais de 130 tipos de cirurgias, que estão em franca evolução.
L - Labioplastia
As cirurgias íntimas ainda são tabu, mas as novas técnicas estão trazendo uma espécie de libertação para as mulheres, que por muito tempo não tinham ou não sabiam a quem recorrer. "Ter o pequeno lábio com hipertrofia, por exemplo, pode provocar dores durante a relação sexual e desconforto até mesmo com o uso de roupas mais justas", diz a cirurgiã plástica Raquel Virgínia Gomes. A questão pode causar, também, outros problemas, como a infecção urinária, além de afetar a autoestima feminina. Apesar do desconforto que sentem e da evolução das técnicas de tratamento, muitas mulheres ainda não sabem onde buscar ajuda, lembra a cirurgiã, que decidiu especializar-se na área devido ao grande número de pacientes que lhe pediam ajuda. Além das causas genéticas, a região íntima pode sofrer alterações no pós-parto e em decorrência do envelhecimento. A cirurgia para os pequenos lábios é feita com anestesia local, explica a cirurgiã, e a alta pode ocorrer no mesmo dia do procedimento. Já o tratamento com laser auxilia na redução da flacidez dos grandes lábios, além de tratar e renovar a pele.
M - Menopausa
N - Nariz / Rinoplastia
As redes sociais fizeram crescer a preocupação com a aparência, principalmente do rosto. As populares selfies podem provocar distorções e aumentar em até 25% o volume do nariz. Ficar "bem na foto" tem sido um incentivo para muitas buscarem a correção plástica. "E não foi só a procura pela cirurgia que cresceu, mas a exigência com os resultados também", diz o otorrino, especialista em rinoplastia, Renato Sousa. As técnicas evoluíram em busca de um rosto cada vez mais natural, sem o estigma do nariz operado, visto em procedimentos do passado. Renato explica que a cirurgia é feita com cortes mínimos, o que torna o pós-operatório tranquilo para o paciente e, o mais importante, sem dor, com o uso de um curativo simples por três semanas. Os pedidos mais frequentes de quem se submete à rinoplastia incluem reduzir o dorso nasal, estreitar o osso ou refinar a ponta. "É o que deixa o rosto mais harmônico." Como é feita atualmente, a cirurgia, afirma Renato, ganhou longevidade, porque existe a preocupação de garantir a estrutura, feita com o uso de enxertos. O especialista ressalta que muitas vezes o resultado procurado é estético, mas há também o ganho funcional. "A respiração dos pacientes geralmente melhora, já que existe a preocupação em corrigir obstruções e desvios." Um nariz bonito precisa respirar bem.
O - Olheiras
Um olhar radiante, sem olheiras ou ares de cansaço, pode começar com alguns cuidados simples: evitar o sol e manter a pele limpa e bem hidratada, usando produtos próprios para a região dos olhos. Eliane Lamounier, médica oftalmologista com especialização e doutorado em cirurgia plástica ocular, chama a atenção para uma informação importante, que muitos desconhecem: o filtro solar usado na área dos olhos deve ser específico para essa região. Quando não for possível, uma opção pode ser usar o filtro infantil, para bebês ou recém-nascidos. A médica aprova os cuidados com a pele e a beleza, que fazem bem à autoestima, mas alerta para o risco que maquiagens, ou até mesmo cílios postiços, podem trazer para os olhos. "Os produtos devem ser sempre de boa qualidade, seguidos de uma higienização cuidadosa da pele após o uso." A médica não recomenda maquiagens definitivas (tatuagens) nas pálpebras, já que podem agredir a região com riscos de complicações oculares. Especialista na blefaroplastia, cirurgia plástica que corrige o excesso de pele nas pálpebras e também as bolsas de gordura embaixo dos olhos, Eliane Lamounier explica que a anestesia é local e o procedimento feito em hospital-dia. "No caso das bolsas inferiores, a cirurgia é praticamente sem cortes."
P - Pele sem manchas / Melasma
Q - Queda de cabelo
O estresse, a ansiedade e as preocupações são situações do dia a dia que podem fazer cair os cabelos. Dietas agressivas, muitas vezes seguindo a moda da vez, cirurgias, o pós-parto, o uso de medicamentos e desequilíbrios hormonais também estão na lista. Mas, como saber se a queda dos fios se acentuou fora do padrão considerado normal?
Para a médica dermatologista da Clínica Regis, Isabella Vieira Gomide, titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o principal indício é quando os fios começam a ser encontrados em maior quantidade pela casa, nas roupas ou no ralo do box após o banho. Já a calvície, que também deixa a sensação de menos volume, não é percebida pela queda, mas pelo afinamento dos fios. Nas duas situações o especialista deve ser procurado. "O primeiro passo é identificar a origem do problema", explica Isabella. Entre os tratamentos, existe o uso do laser, complexos vitamínicos por via oral e tópicos, além de injeções no couro cabeludo. Os resultados começam a ser percebidos a curto prazo, com aparecimento de novos fios e também com o aumento da espessura do cabelo. Os cuidados com a rotina e disciplina no uso dos medicamentos indicados para a terapia capilar são decisivos para os resultados. E a perda dos cabelos não tem idade. Ela atinge diversas faixas etárias, inclusive mulheres jovens, entre 20 e 30 anos.
R - Rugas
Até quando é possível escapar das tão temidas rugas? Uma das técnicas, que se tornou bem conhecida e aceita pelas mulheres por fazer sumir as rugas de forma simples e rápida, é a toxina botulínica, conhecida como botox. A aplicação na testa, ao redor dos olhos e em outras regiões da face alivia ou faz sumir marcas já formadas, deixando o rosto mais leve e jovial. O médico dermatologista Lucas Miranda explica por que o procedimento agrada tanto: "A toxina inibe a contração facial, evitando que as rugas de expressão fiquem marcadas e evita também que as rugas dinâmicas se tornem estáticas". Segundo Lucas, as técnicas para aplicação da toxina estão se aperfeiçoando de forma rápida e deixam para trás um dos efeitos mais indesejados do passado: a face congelada. O botox não é para sempre. A durabilidade da aplicação varia entre quatro e seis meses. Complicações não são comuns, mas é importante que o procedimento seja feito por um médico. "O profissional tem de estar apto para tratar qualquer complicação ou falha", diz Lucas. Ele cita também outra arma contra o envelhecimento facial, a técnica de preenchimento MD Codes, capaz de proporcionar um rejuvenescimento para todas a regiões do rosto, funcionando como uma reestruturação facial. "Além de repor o volume, o MD Codes corrige imperfeições e harmoniza a face."
S - Sorriso
a colocação de facetas. As restaurações adesivas de porcelana são capazes de deixar os dentes brancos e uniformes, corrigindo manchas ou formatos irregulares. Outra opção são as lentes de contato. Com espessura mais fina que as facetas, elas são fixadas sobre os dentes, deixando o sorriso com formato anatômico, corrigindo diferenças entre os dentes. Apesar de toda a evolução do setor, Riane alerta que os procedimentos orofaciais devem seguir uma criteriosa análise do cirurgião, avaliando cada caso individualmente. Modismos ou intervenções feitas com o único objetivo de imitar determinado artista ou modelo devem ser evitados.
T - TPM / Endometriose
Os sintomas da endometriose, como cólicas muito doloridas, desconforto pélvico, dores na relação sexual e dificuldades para engravidar são bem conhecidos das mulheres. Atingem cerca de 20% da população feminina em idade reprodutiva. Entre as principais causas da doença, que tem diagnóstico difícil, está a herança familiar. A endometriose ocorre quando há fragmentos do endométrio (mucosa que reveste o útero) fora de sua localização normal. "Apesar de a endometriose ser uma doença benigna, é sempre necessário algum tratamento, que pode ser clínico ou cirúrgico", diz João Oscar de Almeida Junior, coordenador do núcleo integrado de pesquisas e tratamento da endometriose do Hospital Felício Rocho. Em casos mais simples, o tratamento pode ser feito no próprio consultório. Uma das alternativas é o bloqueio hormonal, mas há também opções cirúrgicas. Segundo o ginecologista, em casos mais graves a doença pode infiltrar órgãos próximos ao útero, como intestino, bexiga, pulmão e diafragma. "As técnicas cirúrgicas vão de procedimentos simples até mecanismos sofisticados com o uso da robótica." Assim como a endometriose, a tensão pré-menstrual (TPM) é outra condição feminina que pode apresentar mais de 40 sintomas diferentes, que vão da alteração de humor e irritabilidade a dores de cabeça e inchaços. Um dos tratamentos é interferir no ciclo menstrual, com a administração de hormônios. Tanto a endometriose quanto a TPM envolvem dor. É sabido que as mulheres costumam ser resistentes, mas é melhor não demorar a buscar ajuda.
U - Útero
Entre os mais femininos dos órgãos, o útero tem a função de acolher a gravidez e deve ser observado com cuidado. A melhor forma de manter a sua boa saúde é a prevenção com consultas regulares ao ginecologista. O exame Papanicolau feito anualmente é um preventivo importante contra o câncer de colo de útero, explica Márcia Salvador Ligório Géo, coordenadora da equipe de ginecologia da Rede Mater Dei de Saúde. Outra ação importante é a vacinação contra o HPV, vírus causador do câncer, assim como o uso dos preservativos, que evitam as infecções sexualmente transmissíveis. Após os 50 anos, quando os ovários encerram a sua produção, marcando a menopausa, a principal função do útero deixa de existir. Quando há complicações, disfunções ou hemorragias, a retirada do órgão pode ser indicada. O útero ainda não foi totalmente desvendado pela medicina, mas, segundo Márcia Géo, começa a ser estudada uma possível função anatômica, na qual o órgão seria um ponto de fixação de ligamentos que fazem parte do assoalho, dando suporte aos órgãos pélvicos. "Nesse sentido, ainda não se sabe se a retirada do útero pode provocar alguma disfunção." Em todas as idades, é importante que a mulher permaneça atenta ao funcionamento do órgão. Dores e irregularidade no fluxo menstrual são
alertas importantes. O corpo sempre emite sinais.
V - Varizes
X - Xixi / Infecção urinária
Estima-se que 1,2 bilhão de consultas médicas sejam marcadas por ano apenas nos Estados Unidos, por causa da infecção urinária (cistite aguda). E as mulheres são as mais atingidas (de 10 a 20 vezes mais que os homens). "A pequena distância entre a uretra feminina e o ânus é um dos principais motivos para justificar essa maior incidência", diz Lilian Pires de Freitas, médica nefrologista e presidente da Sociedade Mineira de Nefrologia. Ela explica que a cistite ocorre quando a via urinária é infectada por bactérias da nossa própria flora intestinal. Existem fatores de risco que aumentam as chances da infecção: vida sexual muito ativa, gravidez, pós-menopausa e pacientes com baixa imunidade. A infecção deve ser tratada o quanto antes, já que a cistite aguda (infecção restrita à bexiga) tem risco de se estender ao rim e evoluir a complicação com risco até de septicemia (infecção generalizada). Alguns hábitos, como tomar bastante água e não prender o xixi, podem ajudar na prevenção. Outros ainda não têm comprovação científica. "Sobre o cranberry, por exemplo, não existem estudos com evidência robusta que sustente o uso de forma generalizada", diz Lilian. "Existe a orientação de dietas saudáveis com restrição de carboidratos para reduzir obesidade e diabetes mellitus." Dietas com fibras e o uso probióticos também podem ajudar.
Z - Zumbido
Uma sensação ruim nos ouvidos que pode perturbar o sono, o trabalho, a concentração e provocar ansiedades. O zumbido pode estar relacionado a uma perda de audição leve. "Assim que percebe o incômodo, o paciente deve buscar uma avaliação médica. Existem diversos tipos de tratamentos", explica a médica Mariana Benaro, otorrino da Rede Mater Dei de Saúde. "O zumbido pode melhorar até mesmo com o uso do aparelho auditivo." Mas existem outras abordagens para tratar o mal-estar, como a cirurgia ou o uso de medicamentos, já que o sintoma pode ter também origem sistêmica e estar relacionado a variações da glicose, por exemplo. Na mulher, pode surgir na pré-menopausa ou na menopausa. Desde problemas relacionados à insuficiência de vitaminas e minerais até questões mais graves, como tumores, podem provocar o zumzumzum tão desconfortável. Em muitos casos, o zumbido melhora muito somente com a orientação médica e com a mudança de hábitos de alimentação e sono, além da melhora da qualidade de vida. O essencial é, antes de decidir dar qualquer passo, descobrir de onde vem o barulho.