Confira os homenageados na categoria Chocolateria/Doceria:
Fany Bombons
Para quem trabalha com doces, o ano tem algumas datas que pedem um planejamento especial, como Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e, claro, a Páscoa. Mas 2020 tem sido um ano difícil para fazer planos, até mesmo para o Coelhinho. Enquanto os funcionários da Fany preparavam seu estoque para a maratona de pedidos da Semana Santa, apareceram os primeiros casos de contaminação pelo novo coronavírus em Belo Horizonte, o que levou ao fechamento do comércio. Diante do desconhecido, sem saber quanto tempo a quarentena duraria, a família Balabram decidiu voltar às origens. Não, não voltaram a produção para a sala de casa, mas concentraram os esforços na unidade do Sion. "Apesar das dificuldades, tivemos uma Páscoa surpreendente", diz Ari. "Conseguimos dar saída para toda a produção."
Mesmo com o distanciamento social, a pandemia foi um momento de estreitar os laços entre os integrantes da equipe da Fany Bombons. Por causa da concentração da produção na unidade da Pium-í, pessoas que só se conheciam por telefone passaram a trabalhar juntas, aprendendo alguns truques uns com os outros. "De repente, vimos que haviam jeitos diferentes de fazer a mesma receita", conta Ari, que conseguiu segurar todos os funcionários. "Foi um período complicado, mas que nos aproximou ainda mais."
Rua Pium-í 1636, Sion
(31) 3227-2445
Ponteio Lar Shopping
(31) 3286-2742
Pátio Savassi
(31) 3288-3161
Doce Que Seja Doce
Em 2017, a Doce que Seja Doce mudou de endereço. "À princípio, não queríamos ir para a Savassi, mas digo que a loja me escolheu", conta Luana. "Estamos a um quarteirão da Praça Diogo Vasconcelos, mas em uma rua calma, sem aquela correria do bairro". Os clientes ganharam um espaço bem aconchegante para experimentar as tortas, bolos, e outras guloseimas da casa, dando uma pausa na rotina atribulada.
Até que, de repente, todo mundo sumiu. As ruas da Savassi ficaram desertas, ocupadas apenas por algumas pessoas de máscara. Dentro da doceria, no entanto, o vaivém não parou. Na verdade, o ritmo ficou ainda mais intenso. "Posso dizer que trabalhei o equivalente a quatro vezes mais do que antes", desabafa Luana. "Com a loja fechada, tinha de fazer a Doce acontecer para chegar nos clientes." A doceira passou a elaborar semanalmente novos cardápios, além de novos formatos para as receitas mais conhecidas.
Por medida de segurança, a loja da Savassi ainda não pode ficar cheia, mas já é possível respirar aliviado nas mesas, entre uma boa fatia de torta ou bolo. Quer começar o fim de semana com um bom café da manhã? Aos sábados e domingos, das 10h às 15h, a Doce monta uma mesa com quitutes como pão caseiro, bolo de chocolate, cookies e caramelo puxa-puxa. O bufê é, como diz a descrição, "sem balança e sem miséria".
Rua Antônio de Albuquerque 304, Savassi
(31) 98318-9932
Espetacular Doceria
De volta ao Brasil, a pâtissière inaugurou a nova fase da Espetacular Doceria, trazendo a leveza e a delicadeza dos doces franceses para a capital mineira. "E 2020 tinha tudo para ser mais um ano de crescimento", desabafa a chef. Estava prevista para abril a inauguração de um anexo da loja, no Funcionários, para a degustação de clientes. "Já tinha até treinado o pessoal que ia assumir", lembra. "Mas a pandemia nos obrigou a repensar tudo." Por medida de segurança, as portas tiveram de ser fechadas para os clientes. Mas a cozinha da Espetacular continuou a funcionar a todo vapor. O número de pedidos triplicou e Elisa precisou se desdobrar, muitas vezes usando o próprio carro para entregas. "Era tanta demanda que eu tive de contratar mais três pessoas durante a pandemia."
Em meio à correria, Elisa ainda conseguiu encontrar tempo para manter uma tradição. De massa colorida e recheios variados, os macarons estão entre as delícias mais cobiçadas da Espetacular Doceria. Tanto que, anualmente, a casa seleciona uma data para homenagear a receita, vendendo as unidades a um preço promocional. E em 2020, não poderia passar em branco. "Quando falei que ia fazer o festival online, a minha equipe quase teve um troço", lembra Elisa. "Foram 390 pedidos, o que deu mais de 6 mil macarons." Junto de sua equipe, Elisa iniciou uma maratona de 45 dias de produção e entrega, enquanto tentava conciliar o único forno da doceria entre os macarons e o resto da produção. "E mesmo nessa correria, a gente teve de trocar apenas um pedido, que chegou quebrado na casa do cliente e foi logo resolvido", diz Elisa. Doces com sabor de vitória.
Rua Bernardo Guimarães 229, Funcionários
(31) 3225-0790
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