Perfil:
- Tiago Moura Mendonça, 41 anos
- Nascido em Juiz de Fora (MG)
- Casado, 2 filhos
- Formado em engenharia civil pela Universidade Federal de Juiz de Fora, com MBA em finanças pela PUC do Rio de Janeiro e em gestão internacional pela Écoles Universitaires de Management, na França. CEO da ABC da Construção
Com faturamento de 1 bilhão de reais por ano, a ABC vem registrando crescimento de 50% ao ano, em média. Escalada que requer profissionais qualificados e eficiência nas estratégias de gestão e governança corporativa. "Somos uma empresa que nasceu sendo familiar, mas se tornou totalmente profissionalizada", diz Tiago. Formado em engenharia civil pela Universidade Federal de Juiz de Fora, com MBA em finanças pela PUC do Rio de Janeiro e em gestão internacional pela Écoles Universitaires de Management, na França, ele foca no médio e longo prazo, e garante que não se arrisca. "Somos extremamente capitalizados, não temos dívidas e o nosso compromisso é reinvestir 100% do caixa gerado."
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Apesar de rechaçar a abertura de capital neste momento, o interesse de investidores mostra a boa imagem da empresa. Em 2021, a Dexco, antiga Duratex, que reúne marcas como Deca, Hydra, Durafloor, Portinari e Ceusa, adquiriu 10% da ABC por 100 milhões de reais. Outros dois sócios são os fundos RedPoint e Fir Capital. Com um ritmo de inaugurações intenso, a previsão é mais do que triplicar o número de lojas até 2024, quando deve ser aberta a milésima unidade. Um ponto importante: apenas 20 lojas são próprias, as demais funcionam em sistema de franquias. "Muitas redes locais acabam se transformando em nossos franqueados, tendo em troca todo o nosso poder de escala, tecnologia , logística e e-commerce", diz Tiago. A receita tem dado certo. A ABC da Construção fechou 2022 com investimentos de 80 milhões de reais e prevê um aporte 50% maior em 2023. A meta é se estabelecer no mercado mais como uma plataforma de solução no setor de acabamento e menos como uma rede de varejo. "Somos uma startup de 65 anos."
O empresário que um dia teve dúvidas entre empreender no negócio da família ou seguir carreira executiva, hoje tem certeza de que tomou a decisão certa. Mas sabe que apesar dos diplomas e de seu talento, o sucesso nos negócios se deve também aos ensinamentos de seu saudoso avô materno que, em 1958, abriu aquela primeira loja da rede em Juiz de Fora. E ao apoio de sua mãe, dona Lígia Moura de Mendonça. "Pessoalmente, foi um ano muito difícil para mim. Perdi minha mãe em agosto, com apenas 66 anos de idade. Mas sigo fazendo jus a ela e ao meu avô". Segue também, fazendo uma verdadeira revolução no varejo de acabamentos, transformando a mineira ABC em uma das principais construtechs do país.
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