A bateria de 26,8 kWh garante autonomia mínima de 180 km: recarga pode ser feita em tomada doméstica de 220V - Foto: DivulgaçãoA nova edição do Renault Kwid E-tech corre sério risco de dar certo. No meio do tsunami de carros eletrificados (chineses principalmente) que inundam o mercado brasileiro, oferecer uma alternativa para a base dessa pirâmide, que seja ao mesmo tempo boa e “barata” é um passo que pode gerar bons resultados. Isso está comprovado por modelos como o BYD mini Dolphin e o GWM Ora, para citar os dois principais.

Há cerca de três anos, em 2022, a Renault fez sua primeira tentativa com a versão elétrica do seu modelo de entrada, o Kwid. A tentativa valeu como experiência. Muito espartano, de aparência frágil, recursos limitados e preço de lançamento equivocado (R$ 145 mil) a primeira edição do Kwid elétrico não vingou. Nesse período foram emplacadas 2.996 unidades, segundo apurado com a própria Renault. Ou seja, cerca de apenas 1,4% das 218.514 unidades do Kwid emplacadas no Brasil no período. O Kwid é hoje o segundo em vendas no segmentos “veículos de entrada”. O primeiro é o Fiat Mobi.

Agora, com a nova geração do Kwid e-tech, que foi totalmente repaginado e aprimorado, ainda importado da China, o preço anunciado é de R$ 99.990, desta feita capaz de competir do seus rivais diretos. São eles, segundo a Renault, o Dolphin Mini da BYD, o JAC E-JS1 e o I-Car da Cherry. Este último vendeu apenas 2 unidades neste ano, indicativo que a vendas foram interrompidas.

O novo Kwid E-Tech 2026 chega com design totalmente renovado, mais tecnologia embarcada e um novo pacote de segurança “inédito no segmento”. No visual, o novo Kwid E-Tech parece outro carro, se comparado à primeira edição. O novo estilo transmite a sensação de um carro mais robusto. A edição anterior transmite fragilidade. Isso tanto do lado de dentro, onde todos os elementos receberam um novo design, como do lado de fora com todas as peças externas da carroceria novas com exceção do teto.

A nova identidade de marca se evidencia nas faixas pretas instaladas na frente e na traseira com acabamento black piano, com estrias foscas na traseira. A montadora destaca os faróis de rodagem diurna na frente e as luzes de estacionamento traseiras, todas de LED. O painel frontal foi totalmente alterado, tanto para integrar a nova linguagem de design interna, que se diferencia por uma arquitetura mais horizontal, como para embarcar uma nova gama de telas digitais. 

A nova identidade de marca se evidencia nas faixas pretas instaladas na frente e na traseira com acabamento black piano, com estrias foscas na traseira: montadora destaca os faróis de rodagem diurna na frente e as luzes de estacionamento traseiras, todas de LED - Foto: DivulgaçãoO novo Kwid E-Tech conta com um painel de instrumentos digital e personalizável de 7” e a multimídia de 10”, com conectividade sem fio para Apple CarPlay™ e Android Auto™. Para otimizar a ergonomia e praticidade, a multimídia foi instalada na posição mais alta possível. “O design gráfico do painel de instrumentos digital e personalizável de 7” foi projetado para privilegiar a simplicidade e intuitividade, permitindo que o condutor tenha acesso rápido às informações essenciais”, explica a montadora. No novo Kwid E-Tech o volante oferece mais firmeza e acesso simplificado aos controles; a nova coluna de direção oferece mais ergonomia, com regulagem de altura e a nova configuração da direção elétrica assistida oferece mais precisão na condução e melhor resposta do volante, informa o fabricante.

Com motor de 65 cv (48 kW), o novo Kwid E-Tech acelera de 0 a 50 km/h em 4,1 segundos. A bateria de 26,8 kWh garante autonomia mínima de 180 km (PBEV/Inmetro), suficiente para a rotina diária nas grandes cidades. O novo modo “B” de condução ativa a frenagem regenerativa, otimizando a autonomia. A recarga pode ser feita em tomada doméstica de 220V: 20% a 80% em menos de 9h; Wallbox AC 7 kW: 20% a 80% em menos de 3h; carregador DC 30 kW: 20% a 80% em 45 minutos. Faz parte dos itens de série do carro um cabo carregador para tomada doméstica de 220V, informou a Renault.

Essa nova geração do Kwid E-Tech oferece mais facilidade de manobra, com o diâmetro de giro menor que 4,80m. O porta-malas do novo Kwid E-Tech continua com 290 litros de capacidade – 991 litros com bancos traseiros rebatidos. “O porta-malas é muito mais espaçoso que o de seus rivais com tamanho similar, posicionando-se no mesmo nível dos modelos do segmento B”, enaltece o fabricante. Além disso, os diversos porta-objetos adicionais (porta-luvas duplo, compartimentos nos painéis das portas) oferecem um volume total de aproximadamente 33 litros.

O novo Kwid E-Tech conta com um painel de instrumentos digital e personalizável de 7%u201D e a multimídia de 10%u201D: para otimizar a ergonomia e praticidade, a multimídia foi instalada na posição mais alta possível - Foto: DivulgaçãoPara facilitar a experiência de condução, o novo Kwid E-Tech traz um painel de instrumentos digital e personalizável de 7”. Localizada atrás do novo volante – que agora é regulável em altura – a tela colorida exibe as informações essenciais, de forma simples e eficaz, podendo ser personalizada para exibir dados adicionais, como a autonomia restante, o consumo de energia ou informações dos sistemas avançados de assistência de direção (ADAS). Quando o novo Kwid E-Tech está sendo recarregado, o painel de instrumentos digital exibe o nível da bateria e o tempo restante para atingir a carga completa.

O peso reduzido é o principal diferencial do novo Kwid E-Tech. Agora com 965 kg (veículo vazio), quando comparado à geração anterior, o peso do carro diminuiu 12 quilos. O veículo traz seis airbags, 11 ADAS, entre eles frenagem de emergência (AEBS), reconhecimento de placas de trânsito (TSR) com alerta de excesso da velocidade, alerta de saída de faixa (LDW) e assistente de permanência de faixa (LKA), além de câmera de ré (RVC), sensores de estacionamento dianteiros e traseiros (UPAF | UPAR), sistema multimídia com conectividade sem fio com Apple CarPlay e Android Auto, entre os principais equipamentos de série.