Revista Encontro

Bem-estar

Uso de formol em salões ainda preocupa

Substância perigosa é associada ao alisamento do cabelo

Da redação com assessorias
- Foto: Pexels

Apesar de já ter passado o "boom" do alisamento capilar – especialmente pelo empoderamento feminino e a aceitação da forma natural dos cabelos –, ainda existem salões de beleza que usam produtos contendo níveis irregulares de formol, que é perigoso e muito tóxico para o roagnismo.

A legislação vigente no Brasil permite a utilização de até 0,2% de formol na composição dos cosméticos. Mas, em um levantamento divulgado no início deste ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta que essa regra está sendo burlada em alguns lugares do país. A pesquisa mostra que os fiscais encontraram irregularidades em cerca de 35% dos produtos avaliados.

Segundo a dermatologista e tricologista Luiza Ottoni, o uso excessivo e inadequado do formol pode desencadear diversos problemas. Entre eles, descamação no couro cabeludo, irritação e queda de cabelo, especialmente em quem possui alguma alergia. "O problema principal é que, muitas vezes, além do uso acima do permitido, os salões não fazem os testes adequados para saber se o indivíduo está apto a utilizar produtos com formol", comenta a especialista.

A médica destaca ainda que, mesmo ao utilizar a quantidade permitida, devem-se realizar testes no cliente para prevenir reações adversas. "A melhor maneira de se prevenir contra o uso inadequado de cosméticos é sempre frequentando salões confiáveis. Em alguns casos, como citado na pesquisa, os próprios cabeleireiros podem fazer a adulteração", diz Ottoni.

Porém, ela ressalta que algumas empresas podem também aumentar o teor de formol durante o processo de fabricação. "Checar a composição dos produtos é fundamental.
E ao encontrar qualquer irregularidade, o mais recomendado é fazer uma denuncia à Vigilância Sanitária", completa a tricologista..